O flagelo de Dios

“Pega no meu canário, gordinho”

É impossível confiar em um técnico que rói unhas. A Argentina levando dois BOLITAÇOS na paleta e Maradona na beira do campo, com os dedos amontoados na sua bocarra de gordacho, rezando para que emergisse do túnel um Che Guevara moderno e trucidasse Júlio César, Kaká e Luis Fabiano.

Mesmo com todo o ESPALHAFATO em torno da partida, com Gigante de Arroiyto, declarações e comoção comprada a granel, a Albiceleste sucumbiu de maneira formidável diante dos DUNGA BOYS. É inegável que o Brasil tem o melhor time dentre todos os que participam das eliminatórias bolivarianas.

Mesmo a Argentina, com Messi e o diabo, está uma URSA-MAIOR atrás dos canários. E um dos motivos CABAIS é o que os acadêmicos do futebol chamariam de “cultura tática” e eu carimbo como MAROTICE. Ontem, fiquei realmente impressionado com a postura inteligente do Brasil, esperando os desorientados argentinos protagonizarem sua correria enquanto defendia a sua meta com a segurança de fazer inveja ao Guarany de Bagé de 1937.

E o Brasil, na verdade, não se propôs a jogar no contragolpe. No primeiro tempo, não houve nenhuma saída de bola surpreendente. Ouvi por aí, nas esquinas do mundo, que a Argentina cometeu SUICÍDIO ao se jogar para cima, com SEBÁ e OTAMENDI sendo expostos a virulentos golpes tupiniquins.

Bobagem. Os dois primeiros gols brasileiros foram originados de bola parada, pegando os castilhanos com o pala erguido e a zaga mais exposta que SOVACO DE HIPPIE. E desorganização defensiva em faltas é algo só pode ser debitado na conta do treinador. Maradona pode ser Deus, diabo, lenda e EXU, mas é tão treinador quanto eu sou entendido em MECATRÔNICA.

No segundo tempo, sim, com os argentinos correndo como uma ALCATEIA movida a cocaína, os brasileiros contragolpearam como se amanhã não houvesse. Não fosse por Robinho, aquele imprestável, e teriam feito mais meia dúzia de gols. Os 3 a 1 foram quase uma decepção.

Mas então chega o momento em que vocês me perguntam: “tá, e o Dunga é treinador, então?” Não, definitivamente não é. No entanto, com aquela sua índole de TIOZÃO e propensão à burocracia, acaba não comprometendo, e até acertando, pela estabilidade. Ao contrário de Maradona, um eterno porra-louca, que acredita que pode treinar uma seleção do porte da Argentina na base do AGUANTE, DALE, DALE.

Agora, a situação preteou para as bandas da República do Chorizo Encantado. Os jogos que restam são contra Paraguai (fora), Peru (em casa) e Uruguai (fora). Seria mais fácil chegar à Africa do Sul a nado.

Saudações,
Douglas Ceconello.