De olho em 2010

Preparando a alma para a semana que vem, fui dar uma revisada nas tabelas das eliminatórias 2010.

Chamou minha atenção o confronto que se desenha na repescagem entre Conmebol e Concacaf. Um jogo que não deveria decidir vaga, mas sim ser uma dramática quarta-de-final durante o mundial: México vs Uruguai.

Péssimo estado do gramado ainda é problema nas Américas

O Botafogo e eu

Que partilhemos defeitos e qualidades comuns, não há dúvida. Nos meus torneios, quando mais preciso manter os números do placar, bobeio num lance, faço gol contra, comprometo, tal qual o Botafogo, uma difícil campanha. 

Vencendo o charco a galope

Dispostos a trazer as LUZES DO UNIVERSO refletidas nos potreiros da Segundona Gaúcha para o mundo, nos metemos na CIDADELA do Impedimento para ENSAIAR sobre o que é, hoje, a maior competição balompédica em andamento. Entrando de carrinho para atorar as cerimônias, como se estivéssemos nas CASTANHEIRAS do Brasil de Farroupilha, façamos uma DIGRESSÃO e lembremos o que as tardes e noites VENTOSAS do certame nos proporcionaram até este insano fim de maio.

Hacia un Tercer Cine

Há exatos quarenta e um anos, Pino Solanas e Octavio Getino pariam ao mundo o fantástico La Hora de Los Hornos – Hacia un Tercer Cine. Para os que não compreendem o castellano porteño, traduzo: A Hora dos Cornos – Azia na Terceira Série.

A noite em que Luxemburgo acabou com meu sono

Eram pouco menos de 30 minutos do primeiro tempo quando me ABOLETEI na poltrona da sala, liguei a TV, sintonizei no SporTV, vi que a pelada ainda estava 0 a 0 e achei que estava tendo visões, que a fome de quem estava desde as 13h sem comer estava começando a me afetar: quer dizer que o jogo ainda está 0 a 0 e o Profexô Vanderlei Luxemburgo resolve fazer DUAS alterações de uma vez só?

Pinchas ensandecidos em busca da décima estrela

Tudo bem, a distância é uma balsa e alguns minutos de coletivo. Ainda assim, algo é preciso dizer quando um time leva TREZE MIL pessoas no estádio Centenário de VISITANTE. Esse foi o contingente levado pela torcida do Estudiantes ao campo da Copa ’30 para ver sua equipe bater o Defensor por 1-0, gol de Leandro “preso por racismo” Desábato. Resultado que coloca os pinchas como principais favoritos para chegar à final.

Poderia ser pior, poderia ser melhor

Quando Marco Aurélio apanhou o belo cruzamento e meteu de chapa na gaveta de Lauro, a culpa, eu sabia, era toda minha. Que eu tenha aprendido o sinal e nunca mais me atreva a ir no Beira-Rio sem a minha camisa da SUERTE, que desde 2003 me acompanha religiosamente. O gol foi o aviso de SÃO BODINHO para que eu nunca mais repita erro de tamanha envergadura.

Eu vi o futuro, ele é passado

De quarentena graças a uma conjuntivite, temi ficar cego de vez antes do intervalo, tamanho o horror visto em campo na excursão do Grêmio pelo país de Hugo Chávez. E nada mais eficiente para piorar uma partida do que um time ruim sair na frente jogando em casa, porque aí adeus futebol. Como o Grêmio escolheu superbem a primeira jogada no ano para não fazer linha de impedimento, deu naquilo que todos vimos diante de uma gigantesca faixa da saudosa Coligay.

Era uma vez oito pretendentes

Hoje à noite começa a disputa pelas cobiçadas quatro vagas para as semifinais da Libertadores da América. Eu, que não tenho bola de cristal nem canela de vidro, vou deixar de lado o voodoo e a mandinga para dar uma olhada nas estatísticas e ver o que a história pode nos indicar sobre o futuro da competição.

Humildade demais é atraso

Não era de muitas palavras o velho frei. O pouco que saía de sua boca, entretanto, se não era santo, era sábio.

– Feios e lisos, só nos restam os miolos – me dizia com a dose de Dreher já entre os lábios.

Y que suene a victoria cuando rompa el silencio

Corria o Brasileirão de 2000 e tudo fazia crer que a nova década também seria do Grêmio. Com Ronaldinho, ia derrubando adversários no mata-mata e enfrentaria o São Caetano, jogo jogado mesmo para o mais convicto dos secadores. Cansado dos foguetórios, fui ao cinema.

O triste ocaso de Manuel de Brito Filho

Na tarde de 30 de novembro de 2008, um jovem atacante marcou duas vezes diante de uma EUFÓRICA torcida flamenguista, colocando o URUBU com uma vantagem de 3×0 a frente do Goiás após pouco mais de meia horinha de jogo corrido no Mário Filho. Obina, XODÓ da torcida, havia feito seus respectivos 14º e 15º tentos na temporada e não teria como saber que, a partir daquele seu festejado gol, o ESCRETE de Caio Jr não faria mais nada no Brasileirão além de PAPELÕES. O ESMERALDINO do Cerrado empataria aquele jogo e o Flamengo encerraria sua participação no sucessor do Roberto Gomes Pedrosa sete dias após, em Curitiba, tomando um SACODE de 2×5 do FURACÃO.

O melhor adversário até agora

São muitos, cada vez maiores, os ecos da Venezuela que ribombam aqui em Porto Alegre trombeteando aquilo que muitos não sabiam: abram o olho, o Caracas é vesgo mas não é bobo.

Ode ao masoquismo

Os incréus aí do Sul da Alemanha e de outras céticas localidades que fazem fronteira com Santa Catarina podem até duvidar, mas na verdade, na verdade (cacoete muito usado por Jesus e por advogados quando vão começar a mentir), eu vos informo: já houve, sim, um tempo em que a crônica esportiva baiana não era composta apenas de radialistas analfabetos e escrotos (desculpe-me por tais redundâncias).

A euforia veste a camisa granate

A espetacular bandeira que a torcida do Banfield desfraldou nas arquibancadas antes do início do clássico foi um dos poucos momentos em que os taladros puderam VIBRAR. Porque depois, na hora da FRITURA, a festa esteve do lado granate, que venceu por 1 a 0 e assegurou a liderança isolada do Clausura, no exato e CABAL momento em que faltam apenas apenas 4 rodadas. O gol, é claro, foi de José Sand, artilheiro máximo do torneio, com 10 gols anotados no seu diário.