Quem ganha e quem perde com o título do Flamengo

Quem ganha: todos nós.

Parece vinheta da Globo, mas vá lá: foi a melhor coisa que poderia acontecer para esse campeonato.

Jesus breve voltará (vestido de rubro-negro)

Que o Flamengo ontem sagrou-se HEXACAMPEÃO nacional, até as pedras no fundo das águas que fazem companhia a Ulysses Guimarães já sabem, pois quis o destino, esse monstro desdentado que nos ASSUSTA mesmo quando SORRI, que o último jogo rubro-negro fosse contra o GRÊMIO, e que o segundo colocado e imediato beneficiado com um possível tropeço flamenguista seja o Inter. E o mais engraçado de tudo isto é que Palmeiras e São Paulo, os outros candidatos ao LOURO, entram de GAIATO na rivalidade Gre-Nal e, por isso, também não têm qualquer chance.

O silêncio (e o barulho) dos indecentes

Você já entrou, alguma vez, num estádio vazio? Experimente. Pare no meio do campo e escute. Não há nada menos vazio que um estádio vazio. Não há nada menos mudo que as arquibancadas sem ninguém.

Pois muito bem.

Jogar para perder

A ideia corrente é que um time de 11 profissionais do futebol jamais entregaria um jogo deliberadamente. Eu também pensava isso até ler que Santiago Silva, hoje atacante do Banfield, admitiu que o Gimnasia entregou uma partida contra o Boca em 2006 para o Estudiantes não ser campeão argentino.

A jogada fatal

Caso ocorrido nos primórdios do futebol inspirou escritores como Horacio Quiroga e Eduardo Galeano

Na década de 1990, entabulei uma certa amizade com jogadores de futebol que liam. Com Pardeza e Pep Guardiola [ambos foram jogadores da seleção espanhola], muito especialmente.

Eles queriam que eu lhes falasse de literatura, e eu, em troca, queria que me contassem segredos do futebol. Martirizei os dois em diferentes noites, perguntando se existiam jogadores de sucesso que, no próprio terreno do jogo, tivessem algum dia tido a consciência de que acabavam de fazer a melhor e última grande jogada de suas vidas. Evidentemente, era uma pergunta que, feita em termos literários, poucos escritores aceitariam responder.

Lágrimas portenhas

Na quarta colocação do Apertura argentino, mas suficientemente distante do líder Banfield a ponto de não desgastar suas horas com a ilusão de um novo título, o Estudiantes clama pela chegada do Mundial. Será a compensação pela reconquista da América, lograda de forma copera pelos de La Plata: para erguer a quarta taça da sua história, o Estudiantes derrotou titânicos como o Nacional uruguaio e o Cruzeiro. Restando tão poucos dias para o grande duelo contra o Barcelona, a família pincharrata sofreu uma importante baixa: a surpreendente aposentadoria de José Luis Calderón.

Nós fomos vocês ontem

Como diria Tomas de Lampedusa, vamos mudar tudo para continuar tudo como está. Fluminense humilhado, sem títulos internacionais, Liga de Quito sapateando em seu estádio e levantando taça no Maracanã. Todo mundo já viu esse filme: quem não viu, tem reprise quarta-feira.

Brilha muito, RUNALDO!

Não fosse pela consulta que faço diariamente à coleção completa da Encyclopedia Britannica, o dia 25 de Novembro passaria batido. Mas essa não é uma data qualquer. Há 142 anos, o criador do Nobel da Paz patenteava sua nova invenção, a dinamite. Há 46 anos, o presidente Kennedy era enterrado nos Estados Unidos, três dias depois de levar uma bala nas fuças. Há 25 anos o CRB se sagrava Campeão Brasileiro e há um ano eu traçava a Camila Pitanga.

Nossa estratégia é o pega-ratão

Pessoas de bem, é nosso dever alertá-los de que, das MIL patacas em créditos que nos foram fornecidas para o Desafio Sporting Bet, chegamos à periclitante situação de contar com módicas 80 moedas. A conspiração astral que fez brotar surpresas de jogos aparentemente fáceis é a desculpa que conseguimos encontrar para o momento. NO ENTANTO, nossa derrocada recente não importa: como o regulamento afirma que o vencedor da rodada é aquele que tiver o melhor aproveitamento, continuamos em condições de igualdade.

Sob o signo de Dunga

Outros analistas maizomenos gabaritados já desfilaram aqui nesta tribuna impedimentística seus tratados, teorias e outras mumunhas sobre o que entendem ser o insustentável e leve enigma que assombra a nação em 2009: Por que diabos ninguém quer levantar o caneco deste impoluto Sarneyzão/2009?

Últimos momentos para abraçar o paraíso

Enquanto os clubes jutam suas últimas doses de energia para encerrarem o ano dando um QUEBRA-COSTELA no Papai Noel, a I ImpedCopa Invasores do Bolicho aproxima-se de forma perigosa e irreversível. Pois viemos exatamente conclamar a todos para que tomem juízo e perticipem – jogando, SORVENDO ou simplesmente lagarteando -, pois o limite para confirmar presença no convescote é sexta-feira.

O anti-herói, o tesão e a pós-modernidade

Lá pelos idos de 1998, minha carreira de fã assídua já havia se encerrado. Não que eu gostasse menos de futebol. Mas a entrada de outros homens em minha vida não deixou lugar mais para aqueles 11 que antes roubavam meu coração às quartas e domingos. Mas ainda que Borges, Lorca, Saramago e Cia tivessem chegado para ficar, minhas escapadelas matreiras deixavam claro minha natureza não-monogâmica. De nada vale erudição sem tesão.

Sobre o nível técnico do campeonato

Afinal, o campeonato brasileiro é de baixo ou de alto nível técnico? Para responder essa pergunta, nada melhor que usar critérios duvidosos, que vocês vão ler e vão correndo comentar para dizer que estão errados e que o autor dessa missiva é um animal de tetas.

Gato por lebre

E quem diria que ainda teríamos mais um gostinho nos beiços de um campeonato que já entregamos há mais de quatro meses. Pois o Internacional, mesmo atabalhoado e adotando a estratégia do autoboicote, conseguiu bater o Galo em um Mineirão que EXALAVA tensão e feijão tropeiro.

JR, el fundamentalista

Los primeros 20 minutos de River Plate, en la Casa Blanca de Liga Deportiva Universitaria de Quito, fueron valientes, vistosos y ofensivos. Pero el planteo del partido terminó siendo suicida para el equipo de Juan Ramón Carrasco, que ayer quedó eliminado de la final de la Copa Sudamericana al caer goleado 7-0 ante los dirigidos por el uruguayo Jorge Fosatti.