O brilho negro da careca

Enquanto por ocasião do Gre-Nal os gremistas gastavam células cerebrais pensando em maneiras inusitadas de homenagear o quase-ex-juiz e futuro secretário de Esportes Carlos Simon, um golpe ardiloso ia sendo arquitetado pelo Destino, esse eterno pândego que adora tirar onda com a nossa cara. Como Simon, o Cavaleiro do Apocalipse gremista é careca, arrogante, usa um apito e o emprega cirurgicamente quando aparece um time azul, preto e branco na sua frente. Ficou quase 70 minutos na moita, esperando o momento certo para operar o trabalho sujo do Coisa Ruim. Héber Roberto Lopes, meus amigos/as, é o nome da fera.

A velha matreirice, a velha polêmica

O bom de ver Luiz Felipe Scolari novamente em um jogo decisivo de uma competição internacional é que ele volta com todos os elementos do passado: a retranca, a porrada, a intimidação, o contra-ataque mortal e… a arbitragem polêmica. Marcelo de Lima Henrique fazia um ótimo jogo, liberando o jogo duro – mas raramente desleal – do Palmeiras e sendo muito corajoso ao invalidar um pênalti pela existência de um impedimento. Até o momento em que marcou um pênalti completamente imbecil a favor do Galo, convertido por Obina, que marcou o empate e deixou o confronto aberto até Barueri.

Vergonha e orgulho rojos

O futebol é um esporte fantástico. Para o bem e para o mal: a mesma torcida que pode proporcionar um espetáculo belíssimo e colocar todo um continente em chamas em uma quarta-feira é capaz de, no final de semana seguinte, causar nojo com um preconceito dos mais imbecis e idiotas que se tem notícia.

3ª ImpedCopa: alertas e recomendações

Enquanto tu prepara aquela coxinha de FRANGO com farofa para cair na estrada a pé na grandiosa marcha que conduz até a 3ª edição da ImpedCopa Invasores do Bolicho, justamente como faziam os militantes dos direitos civis pelo chão empoeirado da década de 60, saiba que não é um caminho solitário. Dos mais diversos pontos da nação, partem briosos representantes do espírito impedcopense.

Ecos do clássico

Times que andavam sem rumo na tabela, foram assumidos por ex-jogadores que foram lendas no clube, encontraram o rumo e passaram a sonhar com o título. O Grêmio de 2010 e o Flamengo de 2009 não se parecem apenas nesse cenário: também são times que começaram a vencer jogando para vencer, não importa se o jogo é fora de casa ou se é contra o maior rival. O Gre-Nal, geralmente truncado e com poucas chances, não conhecia a ousadia do treinador Renato Portaluppi, que não teve pudor em ir para cima do Inter e tentar a todo custo a felicidade. Não conseguiu, mas o futuro gremista parece alvissareiro, desde que continue com essa atitude.

Cabelo no sovaco

[Aqui a primeira parte e aqui a segunda parte]

VIII

Três roxas lâmpadas iluminavam o interior do antigo casarão. Não bastasse ser o único estrangeiro sentado naquele inferninho, sua camisa branca ganhava um brilho especial na falsa escuridão daquelas luzes. Sou o Ziggy Stardust concluiu nosso escritor, repórter investigativo e primeiro brasileiro a desbravar o futebol haitiano enquanto imaginava o que o velho Bowie faria perdido num bar nos confins do caribe.

A arte atleticana de levar sufoco

Eu tinha uma pressentimento ruim para o clássico desse domingo. No atual Brasileirão, o Cruzeiro liderava e contava com o melhor jogador argentino contratado de times chilenos de todos os tempos em 2010, o meia Montillo. O Galo ocupava aquela parte da tábua de classificação pintada de vermelho havia 21 rodadas, e já havia desperdiçado algumas chances – como na derrota para o Inter, duas rodadas antes – de ocupar a sonhada 16ª posição. A visível melhora do futebol alvinegro após a demissão de Vanderlei Luxemburgo não me parecia suficiente frente à incômoda série de insucessos no dérbi mineiro: apenas uma vitória nos 16 confrontos anteriores.

Nossa contribuição ao centenário

“E quem disse que não ganhamos nada no Centenário? Ganhamos duas de vocês e não perdemos nenhuma. O ano já está ganho!”

A frase acima me foi dita por um corintiano ontem à noite e representa bem o sentimento do verdadeiro grande clássico paulista: vencer o jogo garante dias de muita alegria ao vencedor, equivalente a um título, e um aborrecimento daqueles ao perdedor, comparada à sensação de se perder uma decisão.

Um empate colossal

Em um Gre-Nal cretinamente bem jogado e com uma ENXURRADA de gols, um empate em dois tentos freou a ascensão gremista e devolveu algum ânimo ao claudicante time colorado. A squadra portaluppista esteve por duas vezes na frente, mas acabou vitimada pela expulsão de Rockembach, perdendo o volume de jogo que a caracterizou em quase todo o clássico.

Resultado da promoção da chuteira Camaleão

Com incontida emoção, chegamos ao momento em que se faz IMPERIOSO anunciar o vencedor da promoção da chuteira CAMALEÃO, da Penalty. Que rufem os tambores, TREMELIQUEM os pandeiros e ronque a cuíca.

O raro prazer de virar latas

Três dos principais objetivos da Copa Irmã da Gretchen são: salvar o ano de clubes sem títulos; dar a possibilidade de equipes medianas conseguirem títulos históricos; movimentar as noites de primavera com jogos emocionantes. Todos eles estão sendo cumpridos nas oitavas de final, afora os confrontos que envolveram times bolivianos. Ontem, o Avaí derrubou o Emelec por 3 a 1, conseguindo uma incrível virada em 6 dos 8 minutos iniciais do primeiro tempo, e sacramentou a classificação de todos os 4 brasileiros disputantes às quartas.

A senda aberta pelo Cacique

 

Faltando apenas seis rodadas para o término do Campeonato Chileno, o Colo Colo esticou dramaticamente a perna e está seis pontos à frente de seus perseguidores imediatos, a Universidad de Chile.  Hoje, o Cacique tem a chance de abrir nove de vantagem. Basta vencer o PALESTINO, fora de casa, e colocar ainda mais pressão em La U, que fecha a rodada contra o Cobreloa na segunda-feira (25/10).

Formando genros desde 1909

Há certas maldições que são impossíveis de desfazer. Para um clube de futebol, então, render-se a certas ladainhas do destino é amarrar toda sua mitologia num PAPA-ENTULHO que permanecerá décadas estacionado num beco de amarguras. No Beira-Rio, houve um tempo em que nos fizeram acreditarque possuíamos no celeiro vermelho verdadeira universidade que formava goleiros, como se simplesmente ser parido pelas divisões de base do Inter fosse um passaporte para o estrelato. Que nada. Hoje, parando para pensar, podemos dizer, sem sombra de dúvida, que em 101 anos de história o Internacional não formou sequer UM goleiro acostumado a levantar títulos.

Noches coperas

Uma grife é uma história e todas as suas circunstâncias. Quanto mais representativa for a marca que o símbolo tenha deixado cravado nos olhos, mentes e canelas alheios, maior a responsabilidade de quem hoje veste determinados colores no futebol sul-americano. Mesmo que na maioria das vezes não se faça justiça a um passado glorioso, há certos momentos em que tudo conspira a favor de um certo determinismo histórico. Como nesta terça-feira 19, que ficará marcada a ferro e sangue nas calles de Avellaneda.

Perdi o sentido no trem rumo ao Paraguai

zzzZZZZzzzz….ronc…zzzZZZZZzzzz…..plóf………..

A decisão da Conmebol de conceder novamente a quarta vaga à Libertadores no Brasileirão foi anunciada primeiro no site da CBF e muito comemorada Pindorama afora, especialmente em Curitiba (a vaga caiu no colo do Atlético-PR) e Porto Alegre, com o Grêmio cheio de chances para chegar. O caso é que o G4 volta a virar G3 se um clube brasileiro ganhar a Sul-Americana, o que cheira mal, muito mal. O site da Conmebol ainda não se manifesta a respeito e nenhum portal informativo pela América Latina repercutiu o assunto – e se outro país for campeão da Sul-Americana, como fica?