Humor na Pequena Área

Rafael Corrêa antecipa o feriadão em grande estilo.

Cuca, tua hora chegou

Meu querido pai antes de se formar médico, era ponta-esquerda do Bonsucesso, salvo engano. Nos últimos tempos, quando calha de estarmos diante de um jogo de futebol (ele mora no Rio, eu em Porto Alegre), ele adquiriu um hábito de me narrar um causo que leu decerto numa dessas colunas esportivas da vida: eram os anos 40 (ou 30) e dois times se bateram, resultando o placar de 1×0. Foram lá entrevistar o técnico vencedor ao final do jogo, que declarou para delírio de meu pai ainda hoje: “Mandei meus jogadores chutarem a bola pra dentro da área, afinal, futebol é cagada, basta chutar pra dentro da área que acaba fazendo um gol”. Finalizo aqui este prólogo já me desculpando pela total falta de referências a respeito do causo.

Tudo está bem quando acaba bem

Tudo acaba bem no final. Se não está bem, é porque ainda não chegou no final. Essa frasezinha de autoajuda de quinta categoria deve estar em pelo menos 5.450 perfis no orkut, mas eu, já trintão, a conheci mesmo naqueles recadinhos que as garotas escreviam nas agendas e contracapas dos cadernos dos moleques na época do ginásio (ensino fundamental de cu é rola). E se identifica para cacete com o que aconteceu no Monumental de Santiago na noite de ontem, pelo menos se relacionado com o que rolou aqui no 13º andar da Avenida General Osório, na mui nobre Manchester Paulista.

As certezas e as dúvidas azuis

Que o grupo do Grêmio não seria ameaçador às suas pretensões de classificação, todos sabíamos desde antes de o próprio tricolor confirmar o segundo lugar no Campeonato Brasileiro. As expectativas, com o andar da carruagem, foram todas confirmadas. À exceção da estreia, um verdadeiro crime, o time da Azenha venceu todas as partidas seguintes de sua chave na Libertadores, conseguindo não apenas a classificação e a ponta com uma rodada de antecipação, como a própria liderança geral da fase de grupos, que lhe garante a possibilidade de decidir todos os mata-matas no Olímpico de agora em diante.

Cantos de Don Affonso

Na noite em que o Grêmio açoitou o Boyacá Chicó e garantiu a melhor campanha de todos os tempos da Libertadores de 2009, fiz questão de colocar o radinho no ouvido e caminhar os abençoados 70 passos que me separam do melhor bar de Porto Alegre, que NÃO TEM NOME e cujo manager atende por ELVIS, mas que se tornou conhecido entre os redatores deste portal pela singela alcunha de Querência de Don Affonso – ou Aff’s Pub, como queiram.

Un cagazo monumental

A rotina dos clubes argentinos anda virada numa mistura de Apocalipse Now com Sodoma e Gomorra. Dias atrás, o San Lorenzo tomou um esfrega da sua torcida. Pois nesse final de semana, a hinchada do River Plate, louca de fúria com a eliminação na Libertadores, simplesmente acossou MORAL e verbalmente o técnico Néstor Gorosito, fazendo-o mudar mudar uma subistituição e, por tabela, vencendo o jogo contra o Gimnasia.

Corra e olha o céu

Campeão de tudo que se pode

Verificou-se neste domingo a decisão do título do interior gaúcho, única competição relevante de 2009. Confesso que não entendi muito bem os critérios da disputa. Ypiranga fez o melhor somatório de pontos, afora a dupla grenal. Caxias chegou à final de um dos turnos. E era isso. Zequinha jogaria a final do interior? E se o Caxias fosse campeão do returno? Não importa, e ninguém se importa de verdade.

Argélico, o libertador

Sem perder uma dividida jamais.

“Eu libero uma cerveja depois do jogo”, disse o treinador Argélico Fucks, o Argel, na já histórica entrevista concedida ao programa Cadeira Cativa, da Rádio Guaíba, na noite desta segunda-feira.

Cerro perde clássico e entrevera tabela

E ainda tem gente infiel que não crê no poder do olho gordo do Impedimento. Desde que escrevi que o Cerro Porteño empreendia uma “meteórica jornada rumo ao título nacional”, o Ciclón não conseguiu mais vencer. Depois de dois empates, perdeu o clássico para o Olímpia e já vê a liderança ameaçada pelo Libertad.

O Robin Hood de Tacuarembó

Na Floresta de Tacuarembó, um arqueiro livre, generoso e com muchos huevos luta para dar aos pobres o que é de seu direito, tirar dos ricos o que é do seu desprezo. Não tem objetivos políticos nem sindicais – luta apenas pela justiça e pela igualdade entre os homens de bem. É assim que Carlos Fernando Navarro Montoya iniciou uma greve pela dignidade.

Considerações galináceas

Aos 39 minutos, depois de já ter perdido a bola no lance, Kléber chegou aos trancos na área do Atlético Mineiro e arrematou para o seu primeiro (e único) gol na partida. Posto o 1×0 no placar, o Cotovelo Dourado começou a imitar uma GALINHA e mandar a torcida alvinegra tomar não sei onde. Naquele momento, SARTRE me mandou um SMS no qual expressava todo o seu anseio por desvendar a dignidade humana naquele jogo.

Dia Mundial do Xis Bacon

Percebemos, em todo o território brasileiro, a inabalável retomada do ORGULHO GORDO. E o responsável por tudo isto é Ronaldo “Pufe” Fenômeno, já devidamente DESACREDITADO neste sítio. Tudo isto é bonito, comovente e vem com bacon, mas urge que façamos uma ressalva: fazer estes golaços contra times do nível de Palmeiras, Santos e São Paulo é barbada; quero ver quando chegar o Brasileiro e nosso eterno parceiro de copo tiver que enfrentar esquadras do quilate do GOIÁS.

Sobre melhores campanhas e campeões

Domingo de manhã é dia de matear e pensar em estatísticas. Mando um abraço para o PVC e levanto a tese: via de regra, o melhor time da fase de grupos não é o campeão.

“Gardel, me faz um cafuné”

A noite de quinta-feira foi de lamúrias argentinas na Copa Libertadores. Enquanto o desfalcado Boca Juniors sofreu uma SONORA goleada de 1 a 0 para o Deportivo Cuenca, no Equador, o River Plate sucumbiu à mística do NACIONAL QUERIDO e tomou um sarrafo de 4 a 2 no Paraguai, sendo miseravelmente BANIDO da lida copeira no corrente ano.

Eles têm aquilo roxo

Ou vocês acham que ganhar a classificação aos 49 minutos do segundo tempo, no último lance antes do apito final, é mero acaso?