III ImpedCopa: loucura, psicopatia e caos

Estavam certos aqueles que afirmara que o show de Paul McCartney domingo passado era apenas a abertura da III ImpedCopa Invasores do Bolicho, ocorrida anteontem. O misto de sol sem limites, futebol divinamente varzeano, cerveja CREMOSA, churrasco e alegria infinita fez com que qualquer evento esportivo a ser realizado nos próximos cinquenta anos seja encarada como não mais que um SIMPLÓRIO passatempo.

Ao longo do dia, mais de cem pessoas passaram pela cancha do Sul Sete e contribuíram com sua fagulha de euforia para transformar a ImpedCopa numa TORRENTE de lava que saiu da Cavalhada para tomar grande parte do continente. Tivemos expressiva presença de digníssimas signoras, famílias e outros simpatizantes, além daqueles 64 fominhas que conforme o tempo passava voltavam mais seus olhos para o MEZANINO do que para a Rabetama que corria sorrateira e trepidante na relva. A churrasqueira há muito já estava sendo esmirilhada e a cerveja descia CAUDALOSA rumo ao fundo das jarras imortais.

Gente que sabe viver

Dentro da cancha, pudemos comprovar a extrema sabedoria do ImpedBOARD ao compor as escalações. Nenhuma goleada humilhante teve vez e mesmo os placares repletos de gols foram raros. Cercados pela expressiva quantidade de trapos confeccionados com sangue e poesia, os players demonstravam todo o ímpeto para verem seu nomes cravado a dente e unha en la DULCE COPA. Os carrinhos riscavam a tarde e crispavam os ânimos, deixando em APUROS a arbitragem, que em determinado momento ouviu um “Enfia este cartão bem no meio da tua bunda”.

Desembarque na Normandia é coisa de criança

Já na primeira fase, o CORACEROS, por muitos apontado como AZARÃO, destacou-se, vencendo todos os jogos e trilhando um caminho SÓLIDO rumo à finalíssima. Ao todo, foram seis vitórias, um empate e nenhum gol sofrido. O azar dos relinchados foi que esse empate aconteceu justamente na final, diante dos Excursionistas, time que haviam vencido por duas vezes, na primeira fase e na classificatória.

A esquadra verde, depois de um início CLAUDICANTE, classificando-se entre os quatro primeiros, mas perdendo e classificatória e precisando da repescagem, conquistou o título nos pênaltis, graças à defesa monumental de Leandro Vizzoto, goleiro bombado y assador, que se sagrou o único bicampeão da ImpedCopa, tendo chegado em todas as três finais.

Isso aí tem nome: TERNURA

Depois dos dantescos embates, por volta das 19 horas toda a gente se voltou ao que interessava: loucura, psicopatia e caos, como diria Franciel Cruz, o BURRUCHAGA de Amaralina, atacante da esquadra campeã. Além dele, Thalles Gomes, Felipe Catarina e Iuri Muller foram os colaboradores que cruzaram assombrosas distâncias para comparecer ao espetáculo, além de Victor “Patrono” Vecchi, mais uma vez presente. Comitivas também partiram de BRASÍLIA e de diversos pontos do interior gaúcho.

A fonte da vida

Enquanto a carne se ressentia em calor e o BALÉ das jarras continuava seu curso, a mesa de som e os instrumentos foram dominados por uma TRUPE de crooners que resgatou clássicos da música brasileira, como Raça Negra e Rap do Silva, além de milhares de outras cantorias desenfreadas, muitas vezes indecifráveis, que arrastaram consigo a massa e transformaram a cancha em um enorme TRIO ELÉTRICO, levando a euforia desmedida a atingir níveis que beiraram a insanidade. Todo mundo louco de sem-vergonhice e alegria de viver.

Milano, Arbo, Cassol e Bessa fazem orações diante da Copa

Era óbvio que tudo estaria acontecendo até agora se não fosse a intervenção dos funcionários e uma ordem de repreensão do prefeito, indiferentes diante do evento HISTÓRICO que estava em curso e mais preocupados com questões insignificantes como a SEGURANÇA PÚBLICA.

Castillo (aka Índio do Pica-Pau), Fino, Vitor Vecchi, Thalles (seu esgoto) e Egs, que não fez apoio (heresia)

Creio que é impossível não afirmar ter sido esta a maior edição da ImpedCopa. Gostaríamos de agradecer a todos que compartilharam momentos de incomparável esplendor existencial. De agora em diante, será difícil viver em um mundo em que ainda faltam seis meses para a próxima edição.

A gente se vê num domingo qualquer, numa curva da Cavalhada

Luís Felipe e eu aproveitamos, ainda, para puxar uma salva de palmas a Rômulo Arbo, o Sr. ImpedCopa, que trabalha de forma magnífica para que tudo seja possível, a Rodrigo Bessa, o homem das tabelas, e à Undersport/Reusch, que através de Edson Pinedo apoia de maneira formidável o evento, além de todos aqueles que ajudam das mais diversas formas para que tudo transcorra bem.

Este é apenas um primeiro relato GERAL. Ainda há muito para ser contado sobre a grandiosidade do que sucedeu no domingo e faremos isso ao longo da semana.

Abaixo, seguem alguns registros feitos por Lucas Cavalheiro, Richard Ducker e Alexandre de Santi. Pedimos àqueles que tenham feito fotos e vídeos enviem o material para impedimento@gmail.com. Gostaríamos de divulgar.

Fotos de Lucas Cavalheiro
Fotos de Richard Ducker
Fotos de Alexandre de Santi

Saudações,
Douglas Ceconello.