Aprendemos a “pegada gaúcha” com Vicente Feola

11/09/2009 at 14:12 108 comentários

Longe de mim mexer com os vultos alheios. Ninguém pode discutir o que Osvaldo Rolla significa para o futebol gaúcho, tendo sido o homem que introduziu a preparação física no futebol da província e o primeiro hexa-campeão regional. Mas aí eu leio um grande jornal gaúcho e vejo o editor executivo de esportes dizendo: “O Rio Grande do Sul só se tornou um vencedor em âmbito nacional depois de Foguinho mostrar como se fazia”. Pedro Bó que sou, pergunto ao oráculo: quantos títulos nacionais levou Foguinho?

Ao que o espelho, espelho meu, responde: nenhum.

O texto é muito bom, uma belíssima homenagem, mas também não responde essa pergunta. Vejam bem: eu me sinto inclusive envergonhado de ser obrigado a colocar o nome do Foguinho nesse texto. Parece que estou profanando um túmulo. Mas a questão não é Rolla. Poderia ser Teté, poderia ser Daltro Menezes, Ênio Andrade ou Francisco Neto.

A questão aqui é sobre os mitos e lendas do futebol gaúcho. E textos como o de David Coimbra reforçam lendas que se arrastam ao longo dos anos. O mito do treinador gaúcho é baseado em textos como esse. Os grandes colunistas de futebol gaúchos se forjaram levando adiante esse regionalismo tosco. Fazia sentido em uma época na qual não havia um computador para acessar os vídeos dos maiores campeonatos do mundo, e o lugar mais importante para entender de futebol era a alfaiataria do grande treinador. Hoje, não dá.

Infelizmente a filmografia é pouco extensa, mas vamos pegar a Copa de 1958.

Esse é o jogo contra a França. Há poucos momentos em que realmente aparecem disputas de bola. Mas é visível que os jogadores do Brasil marcam melhor. Há uma roubada de bola na frente da área alheia que termina no gol de Didi, de fora da área. No gol da França, descontando a óbvia velocidade muito menor, um jogador brasileiro é driblado e dois bloqueiam a passagem da área, antes do chute (de fora) acontecer.

País de Gales, na rodada anterior. Se vocês observarem, o Brasil marca a saída de bola com pelo menos três jogadores, assim como ocorreu na partida contra a França. O gol antológico de Pelé sai de uma antecipação de um jogador, pressionando a saída de bola, em frente a área.

Final contra a Suécia. Não aparecem muitos lances de marcação, mas prestem atenção a 2:15. Marcação na saída de bola de TRÊS jogadores em cima do pobre lateral esquerdo, cruzamento de Garrincha que quase acaba em gol. No quinto gol, Zagallo antecipa um passe entre os zagueiros. Marcação na saída de bola, de novo.

Retomando o texto: “Ainda hoje, quando alguém se refere ao estilo gaúcho de jogar futebol, está rendendo homenagem a Foguinho. Porque foi ele, como técnico, quem instituiu o chamado futebol-força no Estado. Com Foguinho, o Rio Grande do Sul aprendeu a marcar, a ocupar os espaços, a lutar pela bola, a valorizar a preparação física. E a vencer. O Rio Grande do Sul só se tornou um vencedor em âmbito nacional depois de Foguinho mostrar como se fazia.”

Prestem atenção no texto acima e comparem com os vídeos. Vejam: com Foguinho, os times gaúchos “aprenderam a marcar, ocupar os espaços, lutar pela bola”. Tudo o que a Seleção de 1958 já fazia com Vicente Feola – aquele que para alguns, era um mero dorminhoco no banco de reservas. Mesmo assim, aqueles times nunca ganharam nada em âmbito nacional.

Imaginem o quanto São Paulo, onde treinava Vicente Feola, não estava muito mais adiantado que o Rio Grande do Sul em termos de “futebol-pegada”. E ainda contando com os grandes craques.

Vou para a Wikipedia ler a biografia de Vicente Feola. “Feola fazia o tipo bonachão e amigo dos jogadores”. Bem diferente do estilo alemão, tratando jogadores por nome e sobrenome e obrigando a subir e descer escadas. Não sei se foi mesmo Rolla quem dirigiu a seleção gaúcha nos campeonatos dos anos 50 (achava que tinha sido o Aparício Viana e Silva) mas lá está, em todos os anos, inúmeras derrotas para São Paulo, uma para Santa Catarina e outra para Pernambuco. Assim seguiu na Taça Brasil, assim seguiu no Campeonato Brasileiro até a metade dos anos 70. Vicente Feola estava aí, nos ensinando como ter “pegada” e “garra” desde 1958. Demoramos quase vinte anos para aprender.

Se eu vou perguntar para qualquer garoto de Cruz Alta minimamente iniciado no futebol, ele vai dizer que Pelé e Garrincha são “futebol arte” e ponto final. “Futebol força” é o que ele leu no jornal na quarta-feira.

E segue essa discussão um tanto torta e recheada de lendas, enquanto a realidade nos prova diariamente que talento sem marcação não ganha nada. E que não é preciso nascer em Bagé, Dom Pedrito, Rio Pardo ou Porto Alegre para ter raça, garra, gana ou qualquer coisa do gênero. Nem hoje, nem em tempo algum.

Até a vitória,
Luís Felipe dos Santos

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Show de imagens rurais do ImpedCop Gaia

108 Comentários Add your own

  • 1. Mauhaas  |  11/09/2009 às 14:21

    Cara, tu tocou num assunto complicado, mas foi persuasivo o sufiente para nos fazer abrir duas ou três páginas na net e tentar comprovar o que dizes. Pode até ser, mas que a lenda é bonita, é.

  • 2. Daniel Cassol  |  11/09/2009 às 14:24

    Excelente, apenas temo que te barrem no Parque Harmonia.

    Um dado que ajuda a desmontar esse mito da pegada gaúcha é o fato de o Inter ter jogado contra o Barcelona sem NENHUM gaúcho – o Luiz Adriano não conta, é da periferia de Porto Alegre, fora dos padrões dos CTGs. E a Libertadores do Grêmio também, tinha alguns gaúchos, mas cariocas, goianos, nordestinos e paraguaios.

    Sei lá, é claro que existe um estilo de se jogar futebol em cada região do Brasil, mas o que não posso é com esse mito de que no RS só tem macho, tchê – em Minas é metade homem e metade mulher, e tá bom demais, diria o mineiro da piada.

    Só ver a FOME com que o Sport conquistou a Copa do Brasil ano passado, pra ficar só num exemplo.

  • 3. Mauhaas  |  11/09/2009 às 14:34

    Continuando…

    Pero, compañero, é inegável a magestade da história de seu Rolla. E, talvez, tu confundiste parte do texto… lá, DC diz que Foguinho trouxe para o RS o que já acontecia na Hungria e, talvez, em SP.

  • 4. mardruck  |  11/09/2009 às 14:42

    Dinho é nordestino.

    Sem mais.

  • 5. Yuri  |  11/09/2009 às 14:56

    A prova disso é que: O BRASIL NAQUELA ÉPOCA SAÍA NA PORRADA!! Vários registros mostram as brigas que a seleção se metia.

    O problema não é a localidade, é o tempo… o tempo atual é que tá afrescalhado, e praticamente ninguém mantém a pegada… até porque, senão toma logo um vermelhão na testa e vai pro vestiário, ainda mais no Brasil, onde dá até vergonha de ver juíz apitar.

  • 6. André K.  |  11/09/2009 às 14:58

    To esperando a coluna do Reche pra dizer que na verdade foi o Minelli que inventou o estilo gaúcho, e que a Guaíba “fura-fura” noticiou antes da “plim-plim”

  • 7. Andreas  |  11/09/2009 às 15:11

    Este texto me lavou a alma.

  • 8. Prestes  |  11/09/2009 às 15:14

    A questão é que essa história de pegada agrada a todos. Os gaúchos ficam GARBOSOS com a ideia e o pessoal do Rio e SP também adora pq daí é fácil acusar um time daqui de violento.

  • 9. Lucas Cavalheiro  |  11/09/2009 às 15:15

    Acho que a grande diferença HOJE é que a torcida daqui cobra a pegada, vibra mais com um carrinho do que com um gol, às vezes, por exemplo. E isso não é tão comum em outras partes do Brasil.

    Não importa onde nasceu. Mas, uma vez jogando no RS, não se criará se não for raçudo.

    E,

    E segue essa discussão um tanto torta e recheada de lendas, enquanto a realidade nos prova diariamente que talento sem marcação não ganha nada

    Verdade absoluta. ImpedNua de ontem que o diga auehaueah

  • 10. Prestes  |  11/09/2009 às 15:16

    Excelente texto!

  • 11. Prestes  |  11/09/2009 às 15:16

    Lucas, me apresenta uma torcida que não cobra raça.

  • 12. André K.  |  11/09/2009 às 15:22

    Prestes. Veja o caso do Felipão X Turma do Amendoim no Palmeiras (Ugo Giorgetti)

  • 13. alisson  |  11/09/2009 às 15:22

    Excelente texto.

    Eu também sou muito contra alguns dos rótulos dos gaúchos. Aquele coisa do “melhor em tudo”, “mais macho”. Acho que essa identidade nos fez chegar ao panorama político que temos: Uma brigaceira, corrupção rolando da mesma forma, nenhuma denúncia bem fundamentada, apenas a gritaria. Enquanto isso ela segue roubando.

    Sobre o futebol, não conheço bem as biografias apresentadas mas gostei muito do levantamento.

    Agora, LF me sai com esse texto logo nessa época… Vai ser trucidado!

    huashuashuashuashuahsuas

  • 14. Alexsander  |  11/09/2009 às 15:23

    O mesmo David Coimbra que outro dia estava propagando a MENTIRA dos dois gols anulados do Nacional na Libertadores 2006 naquele empate em 0 x 0 que classificou o Inter. Foi apenas UM gol mal anulado, no outro não foi falta no Clemer mas havia impedimento do jogador que concluiu ao gol. Mesmo com 1 x 0 contra o Inter se classificaria porque venceu por 2 x 1 em Montevidéu.

    Pra mim David Coimbra é uma fraude. Escreve bonito mas mente demais.

  • 15. Rudi  |  11/09/2009 às 15:24

    Prestes, sei lá, a do Botafogo? huahuahua

  • 16. arbo  |  11/09/2009 às 15:24

    eu ia observar o q o Mauhaas falou no #3.

    “E que não é preciso nascer em Bagé, Dom Pedrito, Rio Pardo ou Porto Alegre para ter raça, garra, gana ou qualquer coisa do gênero. Nem hoje, nem em tempo algum.”
    isto é um óbvio q é preciso ser dito, pq as pessoas não tomam como óbvio, por aqui.

  • 17. Prestes  |  11/09/2009 às 15:34

    Ok, AK, essa eu perdi, uhasuhdasuhdauhsd

    Embora fosse muita estupidez dos caras, até um certo bairrismo. Aquele time jogava o fino, o Alex era a síntese do futebol-arte.

  • 18. Prestes  |  11/09/2009 às 15:38

    E também não dá pra confundir raça com jogar feio.

    Vi muito são-paulino criticar o Muricy por jogar feio e, ao mesmo tempo, ser fã do Lugano.

  • 19. Wilson  |  11/09/2009 às 15:38

    Não leio DC. Problemas estomacais.

  • 20. Wilson  |  11/09/2009 às 15:39

    Ah, o DC não é o meu amigo Daniel Cassol. Que fique claro.

  • 21. Prestes  |  11/09/2009 às 15:39

    “Não leio DC. Problemas estomacais.”

    Eu tb não leio Douglas Cecconello. Dá dor na barriga de tanto rir, uhasduhsauhasduhasduhasduh

  • 22. Wilson  |  11/09/2009 às 15:50

    Putz!!! Douglas e Daniel — mudem de nome djá!

  • 23. Guilherme  |  11/09/2009 às 15:55

    Tem algumas generalizações perigosas nesse texto.

    Os vídeos não provam absolutamente nada. Fragmentos de jogadores roubando bola… Tenho certeza de que no primeiro jogo de futebol da história houveram roubadas de bola também.

    Outra, não sei porque tu associa futebol-força com marcação da saída de bola? Marcar a saída de bola é características de times ofensivos…

    O time do Feola não PRIORIZAVA a marcação, a defesa e o contra-ataque. O Foguinho introduziu o estilo de MARCAR ACIMA DE TUDO porque na habilidade, naquelas épocas (e até hoje), os times gaúchos (ou o Grêmio) sempre perdiam (em).

  • 24. Franciel  |  11/09/2009 às 15:57

    Domingo à noite estava assistindo a um programa numa TV gaúcha e este mesmo David Coimbra reclamava da votação da seleção do Grêmio: “Ah, estes meninos de internet não viram Foguinho jogar”.

    Aí, olhei bem pra cara do sujeito, que deve ser mais novo do que eu – e perguntei aos meus desgastados botões: “E tu viu, disgrama?”

    O que me causa ojeriza é esta folclorização. Esta, não. Qualquer uma.

    Aí, vou ler o texto indicado por Luís Felipe. Logo no início do quarto parágrafo o cara larga a seguinte: “O Rio Grande do Sul só se tornou um vencedor em âmbito NACIONAL depois de Foguinho mostrar como se fazia. Trata-se de um fato
    DEMONSTRÁVEL”.

    Leio os 826 parágrafos restantes e o cara não demonstra absolutamente nada.

    E outra.

    Aqueles diálogos sobre as defesas de Lara só ficam bem nos textos de Thalles Gomes.

    E mais outra.

    Em meu outro blog, o INgresia, trato assim, de tangente, sobre Bahia, folclores e gaúchos. Ouçam.

    http://ingresia.opsblog.org/2009/09/10/selecao-brasileira-na-bahia-e-fogo/

    De nada.

  • 25. Luís Felipe  |  11/09/2009 às 16:02

    O time do Feola não PRIORIZAVA a marcação, a defesa e o contra-ataque.

    olha, não tenho certeza. Uma vez que em vários lances importantes, a marcação na saída de bola da defesa termina em gol, o que me garante que isso não era a sua principal tática? Uma coisa que é muito comentada é a tal “invenção” do 442, com o Zagallo de ponta-esquerda recuado. No jogo contra a Suécia ele faz dois desarmes que acabam em gol. Não dá pra ignorar isso.

  • 26. Luís Felipe  |  11/09/2009 às 16:04

    O Ruy Carlos Ostermann, quando comentava pq Osvaldo Rolla foi o maior treinador que ele conheceu na vida, repetia uma frase:

    “Nós vamos jogar de igual para igual. Depois, eles cansam e eu ganho”.

    Pegada? Não sei. Preparação física, com certeza. Sempre foi preciso uma ótima preparação física para marcar a saída de bola e ainda criar jogadas – e veja só, o Brasil fazia isso!

  • 27. Prestes  |  11/09/2009 às 16:04

    Esses dias na Cultura, reprisou um programa dos anos 70, com o Gilmar e o Bellini. Eles disseram que uma das inovações daquele time foi não enfeitar na zaga.

  • 28. Guilherme  |  11/09/2009 às 16:07

    Tu tá confundindo marcar no ataque, como times ofensivos fazem, e marcar na defesa como o famoso “estilo gaúcho” prega.

    Times ofensivos marcam no ataque porque eles gostam de ficar com a bola.

    Times defensivos, ou gaúchos, marcam na defesa, bloqueiam a área e saem no contra-ataque.

    Desculpa velho, mas o teu texto também não consegue provar que o Feola institucionalizou o estilo marcador, assim como tu disse que o David Coimbra não faz sobre o Foguinho.

  • 29. Rudi  |  11/09/2009 às 16:09

    mas também CONTAM que os jogadores meio que ignoravam as instruções do Feola e meio que “decidiam” a tática sozinhos , como oq o Nilton Santos teria feito arrancando pra marcar 2 gols contra a URSS (eu acho)

  • 30. Luís Felipe  |  11/09/2009 às 16:13

    olha, primeiro que essa divisão entre marcar no ataque ou na defesa eu não conhecia.

    na minha cabeça, time do “futebol arte” não marcava nem no ataque.

    se tu estabelece que a característica do futebol gaúcho é marcação na defesa – o que, repito, é novidade para mim – realmente a gente precisa de mais material para provar. O brabo é que não temos nada do Grêmio de 1955/1968.

  • 31. Guilherme  |  11/09/2009 às 16:17

    Mas é só olhar o time do Felipão, que ele mesmo diz que é discípulo do Foguinho.

    Contra-ataque puro…

  • 32. Guilherme  |  11/09/2009 às 16:18

    E time que não marcar em lugar nenhum NUNCA vai ganhar né. Ou vocês acharam que os gaúchos tinham inventado A MARCAÇÃO?

  • 33. Luís Felipe  |  11/09/2009 às 16:19

    tenho que avaliar o estilo do Felipão para entender como o Grêmio jogava 50 anos antes. ah não, aí é muito boa vontade.

    Felipão, até onde eu sei, é discípulo do Froner.

  • 34. Guilherme  |  11/09/2009 às 16:22

    É.. tem razão, do Froner.

    Mas enfim, o time do Felipão jogava no “estilo gaúcho”, esse que o Foguinho inventou.

    O que é BEM diferente do futebol do time de 58 em praticamente todos os aspectos.

  • 35. marcelo benvenutti  |  11/09/2009 às 16:25

    Em 58 jogaram num 4-4-2. Os adeptos do futebol-arte queriam 4-3-3 ainda em 82. Daí que o Maradona operou o Batista e no jogo seguinte o Telê foi obrigado a escalar o time “retranqueiro” com Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico.

    Essa viadagem de futebol-gaúcho não existe. É só uma teoria pros dirigentes gremistas contratarem uma kombi de toscos do interior paulista e dizerem que a mística imortal venceu os jogos.

    Daqui uns dias vão dizer que quem inventou a pegada foi o Adão LaTorre quando puxava a faca de orelha a orelha em 93. O resto deve ser chimango.

  • 36. Guilherme  |  11/09/2009 às 16:29

    Querem outro exemplo? A seleção brasileira hoje joga no estilo gaúcho.

    Prioriza a marcação atrás do meio de campo, bola aérea e contra-ataque.

  • 37. rafael botafoguense  |  11/09/2009 às 16:30

    #15 do botafogo cobra sim,ai que nao cobram, ficam com essa boiolisse de alento incondicional,sentimiento,aguante carajo,como se na argentina nego nao protestasse nem xingasse os rivais hahaha

    no mais olha o naipe dos idolos do grEMO,foguinho,sandro goiano,dinho…hhahaahah q merda ainda tem TCHECO hauahuahauhuahuhaauihuahuahuahfgiudfjç.

  • 38. rafael botafoguense  |  11/09/2009 às 16:33

    e esse negocio de pegada eh uma merda q estraga o futebol o negocio eh futebol arte

  • 39. alisson  |  11/09/2009 às 16:33

    “Essa viadagem de futebol-gaúcho não existe. É só uma teoria pros dirigentes gremistas contratarem uma kombi de toscos do interior paulista e dizerem que a mística imortal venceu os jogos”.

    MELHOR COMENTÁRIO.

  • 40. rafael botafoguense  |  11/09/2009 às 16:35

    eh isso ai mesmo que o marcelo escreveu futebol-gaucho eh o minha benga com mate!

  • 41. Luís Felipe  |  11/09/2009 às 16:37

    olha, eu escrevi baseado no que disse o David Coimbra. Que falava em marcação e pegada, não em “jogar atrás da linha da bola e fazer contra-ataque”.

    marcação e pegada essa seleção de 58 tinha.

    tu pode jogar atrás da linha da bola no contra-ataque sem marcação nem pegada nenhuma, só entregando a bola pro adversário e se borrando atrás, seja o que deus quiser. Últimos 20 minutos de Inter X Oita Trinita, por exemplo.

    quando eu for refutar o que tu escreve, posso mudar meu argumento, guilherme.

  • 42. Guilherme  |  11/09/2009 às 16:41

    É que estilo gaúcho de jogar existe sim. E é diferente do futebol de São Paulo que também é diferente do Rio de Janeiro.

  • 43. Guilherme  |  11/09/2009 às 16:43

    “marcação e pegada essa seleção de 58 tinha.”

    Com 10 minutos de vídeo e 3 roubadas de bola, tu não tem condições de afirmar isso.

  • 44. Luís Felipe  |  11/09/2009 às 16:48

    não foi só isso que eu vi.

    eu também vi a Seleção jogar agora, 51 anos depois, usando o estilo que o Vicente Feola pregava.

    (ah não, esse argumento não é o meu)

  • 45. Junior  |  11/09/2009 às 16:50

    “Essa viadagem de futebol-gaúcho não existe. É só uma teoria pros dirigentes gremistas contratarem uma kombi de toscos do interior paulista e dizerem que a mística imortal venceu os jogos”.
    Perfeito.
    Da mesma forma, “futebol-arte” não é o que Robinho, Denilson, Kerlon, fazem. É o que a seleção de 70 fazia, jogando em velocidade, com trocas de passe. O Rivellino disse uma frase que nunca esqueci: “o drible não pode ser o começo de uma jogada, é o último recurso, para fazer o gol ou deixar um companheiro livre para fazer o gol.”

  • 46. rafael botafoguense  |  11/09/2009 às 16:51

    nesse caso o garoto de cruz alta minimamente iniciado no futebol esta certo,alem do mais o futebol pegada de foguinho nao ganhou titulos nacionais pq o futebol arte de santos,botafogo,palmeiras e cruzeiro nao deixaram e os jogadores desses times que nos derao as copas

  • 47. alisson  |  11/09/2009 às 17:33

    Bons tempo hein Rafael. Em que o FUTEBOL CARIOCA era referência de algumas coisa. No caso em questão, do chamado futebol arte.

  • 48. alisson  |  11/09/2009 às 17:34

    * Tempos
    ** Alguma

  • 49. fino  |  11/09/2009 às 17:47

    vai comer pão de queijo, seu esgoto

  • 50. Felipe (o catarina)  |  11/09/2009 às 18:00

    #45

    concordo com o Júnior. Exemplo máximo de futebol-arte é a Seleção de 70, que passava longe do que chamam de “futebol-bailarino”. O problema é que a galera confunde futebol-arte com piruetas circenses. Quem não gosta de futebol-arte? Fala sério, quem não gosta? Tu sais de casa, tu pagas ingresso pra ver um tosco dando de canela, rabando em bola? Não, né?

    (preparem-se que eu vou filosofar agora). Mas o que é essa “arte” que tanto falam? São as pedaladas do Robinho, toque de calcanhar, firulas na lateral do campo, etc.? Jogo que termina 15×15? Nada a ver.

    Imaginem um contra-ataque, atacante cara a cara com o goleiro, na hora “H” chega um sabe-se lá de onde, dá um carrinho e desarma o cara na bola, evitando o gol. Porra, isso é pura arte! Muito mais arte do que pegar a bola no meio do campo com o jogo morto e ficar fazendo embaixadinhas.

    é claro, óbvio, evidente que todo mundo que gosta de futebol gosta de drible, pedalada, balãozinho, tabelinha, gol por cobertura, toque de calcanhar, etc. Mas se for pra reduzir o futebol só a isso, então deem uma bola pra cada um e deixem os caras fazendo pirueta no gramado por 90 minutos. Uma defesa bem postada, um contra-ataque veloz ou um carrinho na bola bem dado também são exemplos de futebol-arte. E já vi 0x0 mais bonito que muito 4×4 por aí.

  • 51. arbo  |  11/09/2009 às 18:12

    falou e disse, mc CATA

  • 52. Francisco Luz  |  11/09/2009 às 18:25

    Cada vez que eu não souber como me expressar direito, vou contratar o Catarina para fazer isso.

  • 53. Prestes  |  11/09/2009 às 18:44

    Guilherme, o time do Felipão marcava a saída de bola.

    Quanto ao Foguinho acho que não tem nada a ver com retranca. Não acredito que aquele time do Grêmio jogasse na retranca nos Gauchões que ganhou. Não faz sentido o Grêmio jogar na retranca em Gauchão.

    O que marca o Foguinho é a escolha de jogadores velozes, altos e fortes, em vez de jogadores técnicos e franzinos.

  • 54. rafael botafoguense  |  11/09/2009 às 19:11

    fino pega no meu grosso

  • 55. rafael botafoguense  |  11/09/2009 às 19:14

    #47 nem ligo pro futebol carioca,so me importo com o botafogo quero os outros se fodam,mais eh inegavel que quando se fala de futebol brasileiro o futebol do rio vem logo a cabeça do povo la de fora mesmo tendo menos titulos que os paulistas e gauchos

  • 56. Felipe (o canoense)  |  11/09/2009 às 19:39

    No RS quando um time ganha foi porque tinha PEGADA, RAÇA, ALMA. Enfim, VOLANTES.

    Quando perde é porque não marcou, não correu, não tinha garra e gana.

    Vi meu Inter passar os anos 90 (quase) inteiros dando botinada pra todo lado e se fudendo de verde e amarelo (e vermelho!).

    Estilo de jogo que os torcedores gostam é o que GANHA. Tão nem aí pra nada…

    *Desculpem o estilo Muricy, mas é que tem coisas que são xaropes mesmo…

  • 57. Lucas Cavalheiro  |  11/09/2009 às 19:54

    Nenhum linkzinho.
    NENHUM.
    N E N H U M.

    MAS QUE BARBARIDADE!
    M A S Q U E B A R B A R I D A D E !

  • 58. Guilherme  |  11/09/2009 às 20:26

    .53

    Ah mas não marcava a saída de bola, mesmo. Aposto tudo o que quiserem.

    O time do Tite em 2001 fazia isso, essa tal de marcação total. E foi o time “menos Grêmio” que já ganhou alguma coisa…

  • 59. Guilherme  |  11/09/2009 às 20:45

    O que acontece aqui é seguimento do debate todo que o Autuori começou, sobre “pegada”, sobre fazer falta e etc…

    Mas existe sim um ESTILO GAÚCHO ou, se preferirem, um estilo gremista de se jogar futebol.

    Eu sou da teoria aliás, de que Inter e Grêmio têm escolas bem distintas de futebol.

    Já que as palavras “pegada” e “raça” foram distorcidas, então é só pensar assim:

    Historicamente, o Inter tende a manter a posse de bola, tocar, cansar o adversário. Enquanto o Grêmio tende a deixar a bola mais tempo com o adversário e quando recupera, atacar em velocidade ou pelo alto.

    É a diferença entre o “fazer por merecer” do Tite e do Autuori, contra o “regulamento embaixo do braço” do Felipão.

    Não é nada assim tão revolucionário.

  • 60. Mateus  |  11/09/2009 às 21:06

    O pior lado da tal “escola gaúcha” é quando encontra dirigente mongolão, que confunde raçudo com botinudo e não contrata ninguém que consiga acertar um passe de mais de três metros, por não ser “a cara do time”. Aí ficamos aguentando o pereba do Gavillán por aí, dos DOIS lados, o que é mais inacreditável.
    Atualmente, não parece ser o caso de nenhuma das diretorias da dupla, o que é louvável…

  • 61. Historiador  |  11/09/2009 às 21:27

    Acho que o único lugar em que os times jogam “diferente” dos demais, ou melhor dizendo, não estejam com a mesma condição física dos demais ,é no Rio de Xaneiro. Muito do apagão carioca se deve ao péssimo condicionamento físico de seus times.
    E também ao tal de empresário que já agencia guri de 12 anos.Hoje, o guri flamenguista do Ceará entre jogar em seu time do coração e ganhar uma bela grana na Fanfarásia, vai pela segunda, porque seu empresãrio decide que é melhor dessa maneira.

  • 62. dante  |  11/09/2009 às 22:00

    cara, ESSAS discussões sobre futebol são muito superiores a qualquer discussão filosófica.

    e o felipe catarina é a única verdade possível.

  • 63. Little Potato  |  11/09/2009 às 22:02

    No aniversário dos 50 anos da conquista da Copa de 58, a TVE passou um Vale Transporte de uns 70 minutos daquela final. O time todo marcava, e a defesa era de uma segurança impressionante. Ninguém dava bago pra lateral, e sempre saiam jogando de trás com bola dominada. E de fato, o Zagallo marcava bagarai. Pelé e Garrincha nem comento, mas Didi jogava DEMAIS, e o Vavá também era sensacional ! Melhor que a de 70. Com certeza.
    Ah, sim. As lições sobre “pegada”, “preparo físico” e “marketing esportivo” já eram conhecidas desde o “Milagre de Berna”.

  • 64. Historiador  |  11/09/2009 às 22:02

    comerá

    se já não comeu

  • 65. Anônimo  |  11/09/2009 às 23:46

    http://campeoesbrasileiros.blogspot.com/

    Sanchotene

  • 66. Anônimo  |  11/09/2009 às 23:51

    Re 57

    Serve este?

    8. Sanchotene | 10/09/2009 at 10:48
    Com um timaço destes, não é à toa que o Paraguai se classificou com duas rodadas de antecedência:

    http://www.servicios.teledeportes.com.py/notas/jsp/ole_py/v4/galeria/galeria.jsp?notaId=10059&mtmTipo=Imagen&useThumb=true

    P.S.: Diablitas para quê?

  • 67. Topolski  |  12/09/2009 às 03:29

    bem, esses dias eu li em algum lugar que o primeiro time brasileiro a utilizar um esquema tático semelhante ao WM foi o Flamengo (só que usando o meio em losango, não em quadrado), sendo um embrião do 424.

    Esse time de 58 o mais comentado é o lance do Zagallo fechando o meio, formando um 433, ja que o esquema é o 424.

    Mas, pra mim existe uma diferença de cultura aqui. Pelo menos no lado tricolor. Eu tenho um amigo são paulino que da vontade de bater toda vez que ele diz que o Muricy era um merda e que não tinha uma jogada. GRANDE merda, o cara ganhou 3 brasileiros, FODA-SE jogar bola.

    E futebol-força não é retranca. Um dos principais argumentos é marcar a saída de bola do adversário, pois é mais simples armar um contra-ataque dessa forma.

  • 68. Felipe (o catarina)  |  12/09/2009 às 09:10

    Falando no time de 1970, vocês não acham que naquele ano o Zagallo montou talvez o primeiro 4-5-1 da história? O Tostão jogava com a 9, mas era meia no Cruzeiro. Pelé e Rivellino, me parece, jogavam recuados demais para serem classificados como “atacantes”. O único atacante atacante mesmo era o Jairzinho.

  • 69. marcos almeida  |  12/09/2009 às 10:21

    o futebol gaúcho não existiria sem Mourão

  • 70. Daniel Hübner  |  12/09/2009 às 11:17

    Vou causar polêmica aqui:

    A ARGENTINA merece ficar de fora da Copa do Mundo. E não digo isso pra cornetear os argentinos, mas pra cornetear os BRASILEIROS QUE TORCEM PRA ARGENTINA. Como é que podem deixar de torcer pra seleção mais vitoriosa do mundo pra torcem pra uma inferior?E não me venham com aquela justificativa chocha de que o bom futebol é mais importante que títulos. Se é assim, porque não torcem pra Espanha? Os argentinos são bons na Libertadores, mas a seleção deles é, foi e sempre será medíocre.

    Pronto, tá feita a polêmica.Os xiitas já podem me atirar pedras.

  • 71. Mateus  |  12/09/2009 às 12:52

    Só acho que pensar que uma seleção campeã do mundo, em qualquer época, não marcava é de uma ingenuidade sem tamanho.
    ÓBVIO que a seleção de 58 marcava bem. Se não marcasse, não teria ganho a copa. Vide a de 82, o time sem volantes…

  • 72. Diogo  |  12/09/2009 às 12:59

    A Argentina merece ficar fora da Copa do Mundo por causa do Maradona, projeto de perfeito idiota latino-americano.

    E torcer contra a Seleção é um grito de liberdade contra o estereótipo que o Brasil é o eterno país do futebol dum futuro que nunca chega. [Che Clint Westwood Guevara]

    Aliás, segundo o seu argumento e para ficar só num exemplo, como pode alguém torcer para o Corinthians, sendo o São Paulo multicampeão?

  • 73. Rodrigo  |  12/09/2009 às 13:39

    *Como é que podem deixar de torcer pra seleção mais vitoriosa do mundo pra torcem pra uma inferior?

    Vamos todos torcer para o São Paulo então…

  • 74. Rodrigo  |  12/09/2009 às 13:51

    E da minha parte não há como torcer para uma seleção que se vangloria muito mais pelo futebol bem jogado do que pelos títulos (Vide Copa de 1982).

    A visão que EU tenho do futebol tupiniquim: é perdoável perder jogando bonito, mas é inadimissível perder jogando sem dar espetáculo.

  • 75. Serramalte Extra  |  12/09/2009 às 14:07

    “Pedro Bó que sou, pergunto ao oráculo: quantos títulos nacionais levou Foguinho?”

    Quantas Copas Brasil ele jogou? Duas?

    Eu acho o “estilo gaúcho” em geral, não só no futebol, uma babaquice que tornou os gaúchos um dos povos mais arrogantes e estúpidos do planeta, principalmente PORQUE GAÚCHO NÃO É UM POVO! É mistura de alemão, italiano, português, africano e uma coisa que outra aqui e ali… porra… meus bisavôs vieram da Europa no final do século 19, início do século 20, eles não tavam aqui “defendendo as fronteiras” há 300/400 anos, como que isso vai “estar no meu sangue”??

    O mais engraçado é que os movimentos tradicionalistas pregam a cordialidade e a hospitalidade, o exato OPOSTO do gaúcho atual, egoísta e mal-educado “por tradição”!

    No futebol acho que esse estilo impede que Grêmio e Inter virem potências BEM maiores do que são. Os maiores times da dupla sempre tiveram bastante técnica aliada com raça, mas a imprensa e as torcidas insistem na bobagem que ganhou porque tinha raça, corria mais, etc. Aliás, os vídeos de 58 só comprovam que mesmo times altamente técnicos, mesmo 50 anos atrás, não podiam ficar só olhando o adversário jogar…

    Mas sei lá… gosto de ser gaúcho porque gosto de churrasco!

  • 76. Diogo  |  12/09/2009 às 14:15

  • 77. Diogo  |  12/09/2009 às 14:17

    Dá uma olhada o naipe das gauchinhas, kkkkkkkkkkkkkk.

  • 78. Topolski  |  12/09/2009 às 14:28

    Olha, sobre esse lance de jogar bonito eu afirmo.

    A MELHOR seleção de todas foi a de 94! Se segura que o homem resolve lá na frente!

    82 é uma vergonha pra mim. Time de VIADO.

    A Argentina ta nessa merda pq ta jogando no Brasil style 82. E o pior é que isso vem de muito tempo. E agora eu vejo a manchete “Só Riquelme salva D10s”. É, a coisa ta feia pros porteños de merda.

  • 79. Luís Felipe  |  12/09/2009 às 15:13

    “O que marca o Foguinho é a escolha de jogadores velozes, altos e fortes, em vez de jogadores técnicos e franzinos.”

    eu estou achando interessante essa discussão pq vocês parecem entender mais do Foguinho do que o David.

    isso que o Prestes falou é real e está no livro do Peninha, inclusive. Mas ser alto e forte não tem nada a ver com marcação e pegada. Davids era pequeno, baixinho, e pegava muito. Fernando Baiano era grandão, forte, e não marcava ninguém.

    Batatinha, #63

    Esqueci de dizer que esse post foi inspirado pela conversa pós-Carta Na Mesa que tivemos na segunda-feira.

    #75

    Serra, considerando que Foguinho treinou o Grêmio até 1967 (como está no texto) foram no mínimo seis Taças Brasil (59/61 e 63/66)

  • 80. Serramalte Extra  |  12/09/2009 às 15:42

    LF, o Foguinho treinou o Grêmio entre 55 e 61 (foi pentacampeão gaúcho), depois vieram Enio Rodrigues, Sérgio Moacir e Carlos Froner…

  • 81. Luís Felipe  |  12/09/2009 às 15:54

    bah, então a informação do texto está errada, pq indicava que ele foi o treinador dos 12 em 13…

  • 82. Daniel Hübner  |  12/09/2009 às 16:17

    Muito brasileiro não torce pro Brasil porque não suporta as patriotadas do Galvão Bueno ou porque não suporta ouvir falar no tal “futebol-arte”, mesmo com o Brasil sendo a seleção mais vitoriosa do mundo. Entendo que torçam pela Alemanha, que ganha títulos sem as viadagens dos “canarinhos”. Ou que torçam pela Espanha, que mesmo com poucos títulos joga um excelente futebol. Só não entendo como tem brasileiro que torçe pra ARGENTINA.
    A seleção argentina é tão arrogante quanto a seleção brasileira, só que eles não ganham nada. E o tal “toco y me voy” não salvou eles dos PARAGUAIOS e dos BOLIVIANOS.
    Os argentos são exemplo no futebol de clubes, mas a seleção deles não é exemplo pra ninguém. Só ganharam a Copa de 78 graças a VIDELA

  • 83. Froner  |  12/09/2009 às 16:48

    Polemica fácil do LF.

    A “pegada gaúcha” não veio com Foguinho e muito menos com Feola.

    Veio dos campos do interior e de seus jogadores, muito antes de “treinador” virar sinônimo de dono do time.

  • 84. Junior  |  12/09/2009 às 16:48

    A Seleção de 82 é um dos maiores mitos do futebol brasileiro. Não era um time tão “ofensivo” quanto os Fernandos Calazans pensam, nem tão irresponsável quanto os Wianeys Carlets pensam. Ela sempre jogou com no mínimo dois volantes: Cerezo ou Batista e Falcão. Muita gente fala um monte de besteira sobre aquele jogo contra a Itália. Mesmo tendo nascido em 1981, assisti ao VT completo porque a polêmica sobre esse jogo sempre me interessou. Foi um jogão, um dos melhores que eu vi na vida, foi um dos raros jogos que qualquer resultado seria justo. Por exemplo, no final do jogo o Brasil quase empatou, o Dino Zoff fez um milagre numa cabeçada do zagueiro Oscar. O Brasil não tomou nenhum gol por ser “ofensivo”. No 1º gol havia dois italianos entre 4 JOGADORES brasileiros, o 2º gol foi uma falha individual do Cerezo e o 3º gol originou-se de um escanteio. A Seleção de 82 foi mais uma das equipes que encantaram o mundo mas não venceram a Copa, como a Hungria de 54, a Holanda de 1974 e em proporções bem menores, a Dinamáquina de 86, o time que inventou o 3-5-2. O único resultado prático da derrota da seleção de 82 foi o surgimento dos Wianeys Carlets, que acham que a solução para tudo é colocar um volante a mais.

  • 85. Mateus  |  12/09/2009 às 17:16

    Importante ressaltar que o Junior (não o autor do comentário acima) tem um papel LAMENTÁVEL no gol de escanteio. A bola é tirada e a zaga inteira sai, como deve ser feito, pra deixar o ataque adversário impedido. Júnior fica como uma criança de 5 anos que não conhece o que é o futebol profissional, parado em cima da linha, ao lado da trave, ATRÁS DO GOLEIRO.
    Quando a bola é jogada de volta pra área, Rossi está completamente livre na pequena área e o infame ainda tem a cara de pau de levantar a mão pedindo impedimento.
    .
    E tomar gol com 2 jogadores no meio de 4 é EXEMPLO de que o time marcava mal. O time tinha poucos marcadores. Falcão jogava de meia atacante na Roma, e Cerezzo não era primeiro volante. Sempre se destacou muito mais pela chegada à frente e passe do que pela marcação, mesmo com a lamentável entregada.

  • 86. Mateus  |  12/09/2009 às 17:18

    E eu sempre soube que a Alemanha de 78 que inventou o 3 5 2, mas não sei de fato. Tanto que se dizia que o Beckenbauer era o verdadeiro líbero, que nunca mais existiu…

  • 87. Froner  |  12/09/2009 às 17:21

    Tá vendo? Agora tem até gente defendendo a seleção de 82!

    É muito bonito esse discurso obliterador,, especialmente em época de semana farroupillha… mas se é pra atacar e pra destruir, que se faça direito. Feola foi um ninguém, só servia pra distribuir sanduiches pros craques de 58. Eu, colorado anti-coimbrista, admito que Foguinho – ele e o Teté – foi ZILHÕES de vezes mais fundamental pro futebol daqui do que a seleção.

    Eu não consigo deixar de ver uma certa intenção caramurú nesse texto, LF. Se te encontrar no Gigante, te pago uma Polar e vamos debater esse ponto uhauhauhauh

  • 88. Mateus  |  12/09/2009 às 17:40

    Quanto ao fato de a seleção de 82 ter dois volantes, é aquela coisa. Se hoje colocássemos, sei lá, Hernanes e Ramires como dupla de volantes (como muito jornalista idiota chegou a defender) teríamos dois volantes no time, mas igual a marcação seria uma várzea.

    E outra, a seleção de 82 agradava a imprensa. Se a seleção agrada a imprensa, algo tá errado…

  • 89. Junior  |  12/09/2009 às 18:02

    Mateus, todo gol evidencia que o time defensor marcou mal. No 1º gol do Brasil o Sócrates se desloca do meio campo e aparece livre para concluir. A Itália marcava mal? E sobre agradar a imprensa, 90% são analistas de resultados. Agora, o Dunga é bom treinador, no primeiro jogo que perder, as críticas voltam.
    Alguém assistiu à final de 1974? Foi um outro jogão, a Holanda (esse time ninguém pode acusar de marcar mal) poderia ter vencido ou ao menos empatado. Há jogos “inexplicáveis”, por mais que nós (torcedores) e a imprensa tentem buscar fatos lógicos. E é por isso que o futebol é o melhor esporte do mundo. Nos outros esportes coletivos não há essas surpresas.

  • 90. Mateus  |  12/09/2009 às 18:09

    A imprensa calou de criticar o Dunga porque ele tá ganhando. E mesmo assim ainda torcem o nariz pro Gilberto Silva.
    A seleção de 82 era a que a mídia queria.
    Tem uma diferença grande….
    Tanto que perdeu e continuou a ser elogiada.

    E obviamente todo gol é uma falha de marcação. Eu nunca assisti, admito, ao jogo completo. Assisti sim à um VT bem completo, de quase uma hora, uma vez. E foi a impressão que me passou.
    E a caminhada da seleção na copa não é esse passeio que se imagina não. O time teve sérias dificuldades em praticamente todos os jogos naquela copa.

  • 91. Mateus  |  12/09/2009 às 18:19

    Exagerei ali, mas dos 3 times fortes que o Brasil enfrentou (URSS, Argentina e Itália), jogou bem apenas contra a Argentina. Contra a URSS, só ganhou porque acharam duas bombas de fora da área para virar o jogo. E o jogo contra a Escócia também foi relativamente complicado, saindo perdendo. Depois, virou e fez 4 a 1.

  • 92. rafael botafoguense  |  12/09/2009 às 19:20

    daniel hubner,pior sao aqueles que dizem que torcem contra o brasil por causa do ricardo teixeira sendo que dirigente ladrao tem em todos os times,to contigo quem torce contra o brasil merece ser espancado

  • 93. guihoch  |  12/09/2009 às 19:23

    GRÊMIO A TODA PARTE

    Passei o feriado em Cabo Frio, e passeando pela praia com o dog MARADONA, do nada encontro um muro nas cores do Imortal Tricolor, bato na casa, e descubro que ali se escondia um ex-jogador do Grêmio (década de 50). Não me perguntem o nome, amnésia alcoolica do feriado foi forte, apesar de ter tentado fazer uma reabilitação. Mas seguem as lindas fotos de um muro em uma casa de praia carioca pintado de GRÊMIO.

    Ó OS MURO DO GRÊMIO

    abraço

  • 94. Topolski  |  12/09/2009 às 19:33

    Como dito anteriormente Cerezo e Falcão não da pra considerar volantes. E que tipo de volante atravessa uma bola como a do Cerezo?

  • 95. Froner  |  12/09/2009 às 19:37

    ÓBVIO ULULANTE que Falcão e Cerezo eram volantes, no mais puro sentido da palavra.

    Agora pra ser volante tem que constar no curriculo “nota 10 em ruindade”? Necas.

  • 96. rafael botafoguense  |  12/09/2009 às 19:47

    #93 mais um titulo pro imortal!

  • 97. Topolski  |  12/09/2009 às 19:52

    Não, mas tem que ter a mínima noção de marcação.

    É como o Grêmio jogar com Rochemback e Tcheco de volantes.

  • 98. Victor  |  12/09/2009 às 22:11

    “Falcão e Cerezo”

    “É como o Grêmio jogar com Rochemback e Tcheco de volantes.”

    Aí não vai dar pra discutir né

  • 99. Yuri  |  13/09/2009 às 14:09

    Um artigo diferente sobre a Seleção de 82, curioso:

    http://bolaetudo.blogspot.com/2009/08/destruindo-mitos-selecao-de-1982.html

  • 100. Topolski  |  13/09/2009 às 22:20

    eu não to comparando qualidade técnica e sim tática.

  • 101. marlon  |  13/09/2009 às 23:32

    “apesar de ter tentado fazer uma reabilitação”

    guihoch >>> amy winehousehoch

    a vida é foda.

  • 102. Rafael Jeffman  |  14/09/2009 às 09:54

    Futebol gaúcho é uma merda. O São Paulo do “ofensivista” Telê foi bi-campeão mundial, enquanto aqui, o Grêmio pariu um título há 26 anos e o (meu) Inter “achou” uma Libertadores (muri-vice) e um mundial (Gabiru x Ronaldinho).

    E quanto a porcaria do futebol carioca… Eles tem 4 grandes times (Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco), a gente tem 2. Até HOJE três já caíram para a segundona (um deles para a série C), o Grêmio já caiu duas, e só voltou (assim como o Flu, o pior time do Brasil) no canetaço (a segunda vez foi na bola, parabéns).

    Não, o futebol gaúcho não é nem um pouco melhor (nem pior) que a média do Brasil. Agora, o São Paulo, esse sim, como clube e organização, está bem acima dos outros.

    Ninguém ganha tudo o tempo todo, mas o São Paulo consegue ganhar muito, durante boa parte do tempo.

  • 103. Gustavo  |  14/09/2009 às 10:30

    Pra variar, as fotos do guihoch não foram postadas.

  • 104. Leanderson  |  14/09/2009 às 15:31

    esse cara gosta é de polêmica, bem putiho, vai morar em SP então galinhazinha
    dalhe foguinho que mostrou como se faz futebol com pegada

  • 105. dante  |  14/09/2009 às 22:47

    “Ó OS MURO DO GRÊMIO”

    guihoch > comentário #17

    a vida é foda MESMO.

  • 106. Samir  |  16/09/2009 às 00:52

    olha só … até botafoguense dando o ar da graça! hahahaha
    a moral é a seguinte: qualquer um q já jogou no sul sabe que oq tem aqui não é simplesmente futebol.
    tem um comentário lá em cima que fala:
    PRA SE DAR BEM AQUI, TEM Q TER RAÇA.
    ou seja, não é pra qualquer um.

    PARABÉNS IMORTAL GAÚCHO, 106 ANOS DE GLÓRIAS

  • 107. nonovox  |  16/09/2009 às 20:32

    COMMENT 23.
    Tem algumas generalizações perigosas nesse texto.

    Os vídeos não provam absolutamente nada. Fragmentos de jogadores roubando bola… Tenho certeza de que no primeiro jogo de futebol da história houveram roubadas de bola também.

    Outra, não sei porque tu associa futebol-força com marcação da saída de bola? Marcar a saída de bola é características de times ofensivos…

    O time do Feola não PRIORIZAVA a marcação, a defesa e o contra-ataque. O Foguinho introduziu o estilo de MARCAR ACIMA DE TUDO porque na habilidade, naquelas épocas (e até hoje), os times gaúchos (ou o Grêmio) sempre perdiam (em).

    SEM MAIS DELONGAS…. FALOU TUDO!

  • 108. Carlos  |  28/09/2010 às 15:00

    Quanta bobagem. Presta atenção no primeiro gol da Suécia. É tão fácil inventar essas suas bobagens quanto desmontá-las. Coloca aí Corinthians 1×3 Grêmio de 2001, pra ver se tu entende a diferença. E muda esse nome, pra não desonrar a quem não merece, Felipinho.

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