Posts filed under ‘Contribuições’
O início do fim do Império Portaluppi – visão de um torcedor míope (mas não cego)
Se o nobre leitor pensa que irá ler um desabafo descabido, ou um TSUNAMI de frases que tem por alvo o Olímpico e Renato, acompanhado por brados de fúria e ódio, PARE de ler exatamente nesse ponto. Se por outro lado, acredita que lerá um texto revestido de IMORTALIDADE, letras avançando como carrinhos do Dinho e cânticos da Geral, também aqui é o seu ponto de parada. (mais…)
Embalos e cornetas de uma tarde de futebol em Nova Lima
Tarde do último domingo, sol fraco, bairro do Bonfim, em Nova Lima, coisa de vinte quilômetros ao sul de Belo Horizonte. Ali está o tradicional e aconchegante (ou, para aquela turma que pede licença antes de fazer ressalvas a marcações equivocadas do árbitro, “ultrapassado e desconfortável”) Estádio Castor Cifuentes, o Alçapão do Bonfim. (mais…)
Noite fabulosa
A torcida são-paulina anda em estado de graça, muito em conta da marca atingida por Rogério Ceni, o tabu quebrado diante de seu maior rival, a realidade que se tornou Lucas e, principalmente, pelo o que foi presenciado no anoitecer desta última terça-feira. Trata-se de um alento para a era de seca copera que se manifestou nesta temporada pelas bandas do Morumbi. Pois devido aos (muitos) gols do “Favela” no Brasileirão de 2003 que o São Paulo alcançou a tereceira colocação e voltou à sua competição favorita, depois de dez anos de ausência. (mais…)
Neymar ao céu, Neymar à terra
O guri é um gênio.
Difícil continuar um texto após uma frase tão definitiva, certo? Então não vou tratar sobre as qualidades ludopédicas do piá santista que desafia técnicos, esquemas táticos e a estética capilar, mas descrever o que realmente me incomodou um bom tempo: como é difícil aceitar o talento sobre-humano do Neymar. (mais…)
Humano, demasiado humano
Talvez, e apenas talvez, o grande algoz de Ronaldinho seja a própria imagem que se construiu sobre ele. Talvez Ronaldo seja, sim, um fora-de-série, mas não o jogador que imaginemos. Sim, será difícil deixar minha tese clara, mas, afinal, tentarei.
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Ensaio sobre a pequenez
Desculpem-me os homens de fé, mas a cada dia me convenço de que a humanidade, se obedece aos desígnios de alguém, esse alguém é um péssimo roteirista. Pior do que isso, alguém que erra desde a composição dos personagens. Sabendo do encantamento quase sobrenatural que seres capazes de encaixar esferas dentro de retângulos têm sobre nós, mortais, como pode alguém dotar um corpo genial de uma mente tão… fraca, ignóbil, tão pequena de espírito quanto a de Ronaldo de Assis Moreira.
De: R. de S. Faria Para: Ronaldo de A. Moreira
Peixe,
Agora que vou pro Congresso Nacional, pretendo largar de vez o sonho de fazer 2 mil gols. Porém, não posso deixar de dizer para você algo que estou pensando desde 2006, mais ou menos. Como sempre que eu ligo quem atende é a tua irmã Deise, ou o teu irmão Roberto, digo isso por carta mesmo, vai que você lê em algum momento. (mais…)
Retrospectiva 2010: Menos por amor, mais por obrigação
Publicado originalmente em 13 de setembro de 2010
Isso não é um time, é uma causa. Por isso estou aqui, mesmo sem querer. Porque vocês tinham que ouvir a história da minha boca. Porque se comecei a falar de Santa Cruz no Impedimento, não posso parar de fazê-lo só porque me convém. Porque eu tenho que dar conta das merdas que invento. E também porque se eu não contar pra vocês porque o Santa Cruz perdeu de 2×0 do Guarany de Sobral e foi desclassificado da Série D, quem é que vai contar, né, gente? O Globo Esporte? A ESPN? Não, né? Então vamo. (mais…)
O Diabo está morto
Se há uma esperança, é inventada. Última que morre porque teimosia não tem coração, a birra cria seu próprio mundo de ressurreição eterna. Dito isto e longe disto, temos a crueza da verdade. Sangue derramado, gente morta – fim. É foda, a vida, meu amigo, Guihoch. Ainda assim, não nos cabe negar. (mais…)
Enquanto existir memória
Uma das grandes discussões da historiografia é sobre a própria existência da História. Se a História existe, se pode ser explicada e até prevista, ou se tudo que sabemos não passa de discursos sobre a História. Parece complicado, mas a ideia é relativamente simples. (mais…)
26.11.2005 em dois algarismos: 1 e 7
Não, não, não. Jamais iria fundamentar um texto sobre a maior data da década gremista (sim, essa data é a foto ESCARRADA do que foi a década tricolor) com o argumento que a soma de seus algarismos é 17. Ainda que tenha me dado conta disso durante a elaboração dessas tortas linhas, isso foi uma mera COINCIDÊNCIA. Também não sou daqueles que dizem que números me perseguem durante a vida. Já sabemos de casos hollywoodianos (23; Carrey, Jim) e outros tupiniquins (23; Arbo, Rômulo). Assim, descarto essa hipótese. (mais…)
Quando deuses andavam sobre a Terra
“Aquele que sobreviver a esse dia e chegar a velhice, a cada ano, na véspera desta festa, convidará os amigos e lhes dirá: ‘Amanhã é São Crispim’. E então, arregaçando as mangas, ao mostrar-lhes as cicatrizes, dirá: ‘Recebi estas feridas no dia de São Crispim’.”
– Henrique V (mais…)
Aos farrapos e sem glória
O cidadão que passa o jogo com as orelhas tapadas pelas mãos para ignorar como narram a rodada é o mesmo que gasta esse tempo com as vistas metidas no chão da arquibancada buscando fugir da tortura dos chutes que se perdem pela linha de fundo. Mas já não é o mesmo que, no começo da tarde, decidira trazer o filho à cancha pela primeira vez na esperança de comovê-lo pelas cores capazes de proporcionar um dia de alegria completa. A contagem está em zero a zero e Aloísio vem cismando há longos minutos com essa história de perder todos os lances do Caxias. (mais…)
Uma fonte inesgotável de alegrias e tragédias
São infindáveis as reminiscências melodramáticas que podem compor a crônica de vidas & mortes anunciadas da Velha Fonte Nova. Cada um tem histórias singulares sobre glórias, choros e ranger de dentes no sacrossanto recinto. (mais…)
Por que não copiar as idéias boas de vez em quando, só para variar?
Há uma certa polêmica sobre uma mensagem de parabéns do Grêmio ao Internacional pelo título. Uma coisa, no entanto, é certa: os colorados não podem reclamar. Trata-se de uma homenagem, de um reconhecimento pelo feito alcançado. E não se pode esperar que o Grêmio vá a público e diga: eu gostaria de estar no teu lugar (por mais que isso seja verdade). (mais…)