Archive for julho, 2009
Avante, soldados: para trás
Se eu fosse o Vitório Piffero, em vez de queimar meu filme em entrevistas pós-jogo, ia hoje mesmo emitir um decreto presidencial, se é que isso existe em clube de futebol. Teria apenas dois artigos:
I – Fica terminantemente proibido que os atacantes do Internacional façam gols no primeiro tempo.
II – Este decreto Fifa entra em vigor na data de sua publicação.
Debaixo dos caracóis, as chapinhas
Hoje, não, que está uma esculhambação dos seiscentos, mas na época em que eu comecei a apreciar e praticar o Ludopédio em 18 idiomas certas frescuras não eram toleradas. E quando falo em frescuras não me refiro somente a estas inúteis firulas que Robinho e companhia ilimitada desfilam pelos gramados. Nécaras. Entendam frescura aqui como sinônimo de mudernagê. (mais…)
Resultados de bandeja para o Galo
Léo Lima, o terror do trânsito de Goiânia
Coisa garbosa, das mais lindas e cheia de MELINDRES foi essa rodada do CARAVELÃO 2009. Os tropeços de Internacional e Palmeiras, que até começaram bem seus jogos, deixaram o caminho livre para o Atlético-MG esgualepar o Fluminense hoje e saltar QUATRO pontos à frente da bugrada. E o Avaí, vou te contar, que time que gosta de estropiar a vida dos apostadores. (mais…)
Por uma reforma agrária no futebol
No final da avenida Sacramento, em Asunción, há uma loja de artigos esportivos de propriedade de um dirigente do Rubio Ñu. A loja vende, logicamente, camisetas do Rubio Ñu. Eu já comprei três, duas pra regalar e um para estufar os barbantes das canchas assucenas (hoje tem ImpedNuda). Outro dia um gurizote saiu de lá com um terno completo, certamente para vestir de verde e branco o time da sua rua ou escola. (mais…)
O tango não pode parar, gritava o velho na esquina
Faltam umas três semanas para o começo do Apertura argentino, cuja tabela foi anunciada ontem pela AFA. Em La Plata, enquanto desmonta a taça da Libertadores de tanto comemorar, o Estudiantes já começa a vislumbrar o Mundial. Ao mesmo tempo, o NOTICIOSO se mantém agudo. El Loco Palermo, por exemplo, anda de olho na vaga de ninguém menos que o senhor artilheiro da Libertadores. (mais…)
Confesso que sequei (pouco) o Bahia
Saio desta minha vida de obsequioso silêncio para entrar nesta história (chupa, Getúlio!) com a seguinte e primeva confissão: por um grave defeito de caráter, sequei o Bahia poucas vezes. Na verdade, na verdade (alocução muito usada por Jesus Cristo e por advogados quando vão começar a mentir) minha falha ética não é tão severa assim. Apenas disse isso para tentar oferecer uma dramaticidade canalhamente nelsonrodrigueana nesta nova série do INOLVIDÁVEL Impedimento. (mais…)
Setecentos e trinta e nove
Na manhã deste sábado, no estábulo das vacas, Mirella foi fazer um carinho no bezerro que nasceu na quinta-feira e acabou pagando cofrinho. No caribe colombiano, o fantasma de Michael Jackson apareceu em forma de sombra na casa de Rocío Salazar enquanto ela ensinava aos filhos alguns passos de dança do artista. Não muito longe, o telejornal boliviano PAT Notícias exibia imagens do seriado “Lost” como sendo do desastre do Vôo Air France 447. (mais…)
Consulta ao povo impedimentense
Para extravasar pensamentos MALICIOSOS que há muito povoam nossas mentes, gostaríamos de convidá-los para uma breve e lubrificada discussão DEMOCRÁTICA. (mais…)
Bolão do Impedimento: 12ª rodada
Haja coração, amigo. É Copa do Mundo! Depois de uma meia dúzia de rodadas liderando o Bolão do Impedimento, Leo Garcia finalmente vê seu trono ameaçado. O desafiante é Fernando Broecker, que está com os mesmos 783 pontos. Na oitava posição, um redator do Impedimento mostra porque de fato é quem mais entende de futebol nesta bodega – o resto é CAPS LOCK. Destaque também para Martina Schreiner, suplantando dezenas e dezenas de marmanjos na quinta posição. (mais…)
Achei um time pra torcer na Colômbia
Embora seja leitor assíduo do Impedimento, confesso que conheço pouco, muito pouco do futebol colombiano. O Atletico Junior de Barranquilla nunca me chamou atenção e nem poderia. Tudo bem que passaram por lá jogadores como LA BRUJA, que depois de gastar a CHAIRA em la Plata, foi para Barranquilla ajudar EL TIBURÓN a alcançar seu primeiro campeonato nacional em 1977. (mais…)
Epifania
Talvez eu ainda não tenha acordado. Certo que não acordei depois de dois anos tendo a bunda chutada sorrateiramente enquanto curtia o coma induzido. Quando a esperança de voltar à vida ficava mais forte algum sacripanta chegava ao lado do leito e apertava de novo a mangueirinha do oxigênio. Tempos difíceis esses. (mais…)
100 anos depois, uma festa com as mesmas cores
Nada mais justo do que um século depois do ADVENTO do clássico termos uma festa nos mesmos MATIZES. Afinal, era na casa do Grêmio, time que já era bem grandinho quando o Inter era parido por uns jovens lunáticos. Mas, falando do jogo, ganhou exatamente aquele time que mostrou ímpeto para triunfar. Já o Inter encontrou uma maneira brilhante de prestar homenagem aos 100 anos do clássico, nascido justamente numa época em que ninguém ganhava dinheiro para jogar bola: foi ao campo com um AMADOR treinando o time. (mais…)
História universal da angústia
Um atacante gremista largou-se em velocidade e invadiu a área, desferindo um potente chute, defendido parcialmente por Fernández. A bola subiu e sobrou para Alcindo cabecear para o gol vazio. Neste instante, surge um colorado, Daniel Franco, que se joga ao encontro da bola, sobre a linha, e a afasta, meio de ombro, meio com o braço. A metade vermelha do Beira-Rio se levanta, num rugido. O árbitro, incontinenti, estende o braço e anota pênalti. A outra metade, azul, ergue-se numa explosão. (mais…)
Cem anos de Gre-Nal
Na semana toda se falou dos cem anos de história do maior clássico do futebol brasileiro. Eu fiz o inverso. Recorri ao Negro Dalcir, um crioulo que vive no interior de Caçapava do Sul – e costuma prever o futuro de acordo com o comportamento do seu cusco, o Piloto, para saber como serão os próximos cem anos do Gre-Nal.
Eis um resumo das previsões do Negro Dalcir, concluídas enquanto Piloto lagarteava no sol, cravando os dentes na virilha de vez em quando, pra açoitar um carrapato. (mais…)
Memórias póstumas de um cruzeirense
Não deu.
Alguma mente perturbada inventou que não deveriam transmitir o jogo pra todo Brasil. Nem vale a pena discutir tal bizarrice, até porque não tenho a quem tentar convencer. Mas isto não era nada suficiente para me abater, porque torcedor de verdade arruma um jeito de assistir. Era final de Libertadores, cazzo. ALICIEI um amigo japa e torcedor do São Paulo (quase redundância isso aqui no interior de SP), que topou ir comigo ao estabelecimento dos estabelecimentos, o bar. E até consegui que ele torcesse pelo Cruzeiro. “Torcer pra argentino não dá”, me confidenciou. (mais…)