Noite histórica para o futebol mundial

Num bar mal frequentado do centro de Porto Alegre, o garçom atrás do balcão certamente não entendeu porque dois jornalistas ligeiramente bêbados gritaram “feito!” lá pelo terceiro ou quarto gol de um time de branco que se desempenhava no televisor. Por certo não compreendeu que no Sul do Brasil há um grupo de simpatizantes do clube que se orgulha de ter o maior número de apelidos no futebol do Paraguai.

Pois o Nacional Querido saiu vencedor da partida nacionalista contra o El Nacional, do Equador. E jogando em Quito. E aplicando inapeláveis cinco a zero. Nem Leoz nem Bolívar sonhariam com tão perfeita estreia para a quinguagésima edição da Copa Libertadores da América.

Horas antes da partida, nossa CONCORRÊNCIA afirmava que o primeiro jogo não era “dos mais empolgantes” da Libertadores. Jovens de pouca fé. Ignoram que, em se tratando de La Academia, não há jogo que não seja de açoitar o coração.

Os equatorianos bem que tentaram remar contra a maré da história e quase abrem o marcador no primeiro tempo. Mas o destino estava ao lado de los albos paraguayos, mesmo que o brasileiro GLACINEI MARTINS, El Inca, tivesse feito algo fora da compreensão humana de frente para o goleiro.

Glória, devoção e sofrimento. Eis o tripé que sustenta este clube tricolor nascido lá pelos idos de 1904. E depois do sofrimento do primeiro tempo, veio a glória e a devoção. O Nacional encordoou nada menos que cinco gols diante de uma atônita zaga equatoriana, que assistiu passivamente aos tentos anotados por Raúl Román, Jorge Núñez (duas vezes), Ramón Cáceres e Marcos Melgarejo.

Aqui, os gols da até agora mais empolgante partida da 50ª Libertadores.

Nesta semana tem mais:

28/1 – quarta

Universidad de Chile x Pachuca

Independiente Medellín x Peñarol

29/1 – quinta

Palmeiras x Real Potosí

Sporting Cristal x Estudiantes

Deportivo Anzoátegui x Deportivo Cuenca

Venceremos,
Daniel Cassol
Foto: jornal La Nacion.