Dia de São Román

24/06/2008 at 13:06 31 comentários

Hoje, dia 24 de junho, é aniversário de Juan Román Riquelme, que completa 30 anos.

Nascido em 1978, em San Fernando, Província de Buenos Aires, Riquelme foi formado pelo Argentinos Jrs. Passou, sem muito brilho, pelo Barcelona e pelo Villarreal, ambos da Espanha, mas seu chão é mesmo o Boca Juniors. Pelo clube de La Boca, conquistou três vezes a Copa Libertadores e uma vez o Mundial Interclubes.

Abaixo, um texto de Juan Sasturain, no Página 12, escrito em 2006, avaliando a participação de Riquelme na Copa do Mundo daquele ano.

Una bala para Riquelme

En abril de 1953, el joven Rodolfo Walsh publicó en la colección Evasión de editorial Hachette, la antología Diez cuentos policiales argentinos, primera del género en el país. Allí, junto a Borges, Bioy, Peyrou, Jerónimo del Rey –seudónimo que ocultaba al cura Castellani–, el propio Walsh y otros menos conocidos cultores del policial aparecía Facundo Marull, cuyo relato elegido, “Una bala para Riquelme”, había ganado el concurso de la revista Vea y Lea dos años atrás.

Marull –poeta y rosarino, por lo que sabemos– no ha dejado mucha obra dentro del género, pero su ingenioso relato –breve, barrial y barroco– no es de los que se olvidan: tiene originalidad, clima y estilo. Aquel literalmente pesado Riquelme del cuento es muerto en el café tras muchos disparos y aparatoso desparramo. Hay varios candidatos pero, como siempre en estos casos y en este tipo de historias, hay alguien, uno que disparó. Y determinarlo es fundamental: quién mató a aquel Riquelme.

No es el caso actual, cuando tantos tirotean a éste, a Juan Román Riquelme, blanco móvil antes, blanco fijo ahora, porque no está muerto; sigue y seguirá largamente vivo. El hombre, como siempre –antes cuando lo adulaban, ahora cuando lo cuestionan– calla y no otorga. En eso, como su modelo, el maestro Zizou, hace la pausa hasta para contestar…

Es obvio que pertenezco al poblado club de admiradores de Román y lo considero un jugador excepcional. Literalmente: de calidad inusual, raro, diferente. Con características y temperamento propios; rasgos de genio, habilidad e inteligencia y, también, limitaciones evidentes. No es Diego (nadie lo es) ni nunca hubiera podido serlo; no es Zidane tampoco, aunque es el único que se le acerca; pero con el resto de los mejores está ahí. Además, es –raro en los hábiles dotados como él– un notable jugador de equipo, de los que juegan y hacen jugar. En cuanto al temperamento y las cualidades propias, Román puede y suele manejar los tiempos y los modos de un equipo, pero no ser su motor vital. Conduce pero no lidera. Nada nuevo, después de tantos años de verlo y disfrutarlo.

Dicho lo cual, me parece que, más allá de que no haya tenido el Mundial que deseaba/deseábamos, que no haya sido el mejor Riquelme posible –tal como ya se lo vio durante esta temporada en el Villarreal–, no cabe caerle como se le cae. La disparidad de las calificaciones que le otorgamos en los medios argentinos durante el Mundial son muy significativas: se lo calificó de acuerdo con las expectativas, no por el rendimiento puntual. No se lo juzgó por lo que hizo (que fue mucho y bueno) sino por lo que se suponía que debería haber hecho (que era todo lo demás). Es muy de nosotros.

Pero no es sólo eso. Paradójicamente –y no es para desviar la atención de Román–, resulta increíble que en un Mundial tan pobre en términos futboleros como éste, gobernado por la mezquindad de entrenadores sin audacia y tácticas que siempre privilegiaban “el cero en el arco propio” –nuestro Pekerman incluido, en instancias clave–, las críticas se hayan centrado en la “desaparición” de los hábiles o en la defección de los jugadores ofensivos: mataron a Román, Ronaldinho y Kaká; y se ningunea a Totti, incluso a Henry, que “no hizo nada”… ¿Resulta tan difícil ver que esto se debió en gran medida al tipo de fútbol que se jugó y no a las falencias individuales de estos jugadores, algunos de los cuales jugaron poco (Messi) o casi no la tocaron (Rooney)?

Por eso adhiero totalmente y me siento identificado con lo que han sostenido en estos días, entre otros, Valdano y el Coco Basile: ha sido un Mundial miserable. Y el resultadismo –opinar con la chapa puesta– sólo ha mostrado la coherente miserabilidad de las lecturas.

***

Um abraço,
Daniel Cassol

Entry filed under: Pela América.

Um pouco acima de Deus Defensor a um ponto do título

31 Comentários Add your own

  • 1. Luís Felipe  |  24/06/2008 às 14:08

    melhor jogador do mundo em 2000 e 2001. Foi muito melhor que Zidane e Figo nesses dois anos.

    um jogador que decidiu três Libertadores deve ser louvado em todo o mundo.

  • 2. dante  |  24/06/2008 às 14:46

    é, nesse clipe dá pra ver bem que ele “não sabe comemorar gols”, como diz o outro.

  • 3. Leo Ponso  |  24/06/2008 às 15:19

    Ao vivo, foi o maior que vi. Vocês sabem bem quando, malditos.

  • 4. Beto Borracho  |  24/06/2008 às 16:00

    porra dante, eu falei especificamente daquele gol (da classificação) no ultimo minuto contra o Maracaibo. Ele meteu a buxa e saiu como se nada tivesse acontecido, ai alguém escreveu alguma coisa sobre ‘comer chocolate depois do almoço’…..

    Mas tudo bem, vou melhorar a frase: ‘Riquelme não sabe comemorar gols (IMPORTANTES), mas sabe marcar gols como poucos!’

    Não foi o melhor que vi (ao vivo ou não), mas é craque!

  • 5. Anônimo  |  24/06/2008 às 16:08

    Riquelme tem mais títulos que o Grêmio.

    Três libertadores, um mundial, três argentinos (3-3-1)

    Grêmio, dois brasileiros, duas libertadores, um mundial (2-2-1)

  • 6. douglasceconello  |  24/06/2008 às 16:14

    Se Román continuar assim, um dia chega perto do Rentería. uhssuhushsu

  • 7. Luís Felipe  |  24/06/2008 às 16:15

    Riquelme tem mais títulos que o Grêmio.

    não sabia que ele tinha conquistado 35 estaduais.

  • 8. Beto Borracho  |  24/06/2008 às 16:38

    Se eu for pensar assim o Cafu tem mais títulos que todos os times da américa do sul juntos.

    Nem por isso ele ‘tem bola’ para amarrar a chuteira do Román!

  • 9. Flávio  |  24/06/2008 às 16:41

    “melhor jogador do mundo em 2000 e 2001. Foi muito melhor que Zidane e Figo nesses dois anos.”

    Em 2001, talvez. Mas em 2000, não. Até naquela eleição Rey da América, do El País, que raramente premia jogadores brasileiros, ele perdeu para o Romário.
    O que não diminui Riquelme, possivelmente o maior jogador argentino dos últimos 10 anos e o maior jogador de um clube sul-americano nos últimos 20. Só não foi maior por não ter brilhado na seleção ou num grande clube europeu.

  • 10. Prestes  |  24/06/2008 às 16:48

    Bem lembrado, Flávio. Romário fez 70 gols em 2000.

  • 11. Prestes  |  24/06/2008 às 16:49

    As eleições da Fifa para melhor do mundo são ridículas.

  • 12. Daniel  |  24/06/2008 às 16:58

    indiscutivelmente, craque. e, juntamente com o Mano, que não quis dar tratamento especial pra ele na final da Libertadores, desgraçado.

    A cara de songa que ele faz/tem me irrita profundamente.

  • 13. dante  |  24/06/2008 às 17:14

    ok, beto, atingi meu objetivo: a flauta amistosa e sem sentido. asfdkdfsam

    abrazo.

  • 14. roci  |  24/06/2008 às 19:59

    feliz cumple JUAN ROMAN RIQUELME TE KIERO MUCHO MUCHO MUCHO MUCHO MUCHO

  • 15. Anônimo  |  24/06/2008 às 20:54

    Comparado ao Inter, então, Riquelme tem 20 vezes mais títulos.

    Defendo que o Grêmio tem 6 taças nacionais (Brasileirões e Copas do Brasil), só atrás de Palmeiras, que tem 8 (entre Brasileirões, Copas do Brasil, Robertões e Taças de Ouro), e Santos e Flamengo, que têm 7, e ao lado de Corinthians e Cruzeiro, que também têm 6. O Inter tem 4, assim como o Vasco. São Paulo tem 5.

    Na Argentina se conta título somando todos os períodos, aquele em que havia uma liga por ano, o atual, que tem duas (Clausura e Apertura) e a era mais antiga, se não me engano chamada de era amadora e em que os campeonatos não tinham pontos corridos. River tem 33, Boca 22, Independiente se não me equivoco 14, San Lorenzo se não me equivoco 10 e Racing 7. Acho que é isso.

  • 16. Flávio  |  24/06/2008 às 20:56

    “As eleições da Fifa para melhor do mundo são ridículas”.

    As do El País são mais absurdas ainda. O Cafu ganhou num ano em que sequer foi Bola de Prata da Placar. Em 98, o Gamarra era o melhor zagueiro do mundo, fez uma baita Copa e foi campeão brasileiro com o Corinthians, mas ficou atrás do Palermo. Em 02, deu Cardozo, ao invés de Kaká.

  • 17. Luís Felipe  |  24/06/2008 às 21:10

    eu não acredito que querem voltar com a teoria absurda de comparar clausura-apertura com brasileirão-copaBR

  • 18. Flávio  |  24/06/2008 às 21:14

    Fern fez escola…

  • 19. Luís Felipe  |  24/06/2008 às 21:16

    Flávio,
    Em 2002, o Kaká foi recebido com pipocas e balões amarelos pela sua torcida no estádio.
    José Saturnino Cardozo foi eleito muito mais pelos gols que marcou no Toluca. Naquele ano ele bateu o recorde mexicano.

  • 20. Flávio  |  24/06/2008 às 21:41

    Sim, mas nem por isso teria cacife para ser o melhor jogador da AL. E a fase de vaias da torcida são-paulina com o Kaká foi em 2003. Na boa, o melhor jogador da Europa (e do mundo) sempre joga na Itália, Espanha ou, mais raramente, na Inglaterra, que são as ligas mais fortes de lá. Pelo mesmo motivo, nas Américas, o Brasil teria que ganhar pelo menos 1 em cada 3 prêmios de jogador do ano.

  • 21. André K.  |  24/06/2008 às 23:57

    em 2000 o Riquelme foi o melhor do mundo sim. Deveria ter recebido o premio no final do mundial contra o Real.

    Tevez foi o melhor do mundo em 2003 e não chegou nem perto na eleição da fifa

    em 2004 o Deco deveria estar no minímo entre os 3 primeiros

  • 22. douglasceconello  |  25/06/2008 às 00:41

    Creio que nunca vi um jogador fazer o que Riquelme fez na final da Libertadores contra o Palmeiras, em 2000. Ele simplesmente grudava a bola no pé e passava uns QUINZE MINUTOS driblando os brasileiros. Muito mestre.

  • 23. tiagón  |  25/06/2008 às 00:50

    “his golasos”. hsshajkshkka

    bah. jogador superior.

    *crédito antes do texto yeah 😀

  • 24. Luís Felipe  |  25/06/2008 às 07:12

    e nas quartas de final no ano seguinte (ou seriam semifinais?) o mesmo Riquelme enfrentou o mesmo Palmeiras, agora com Celso Roth no comando. Quando ele começou a bailar pra cima dos verdes, na prorrogação, Roth não teve dúvida: colocou em campo o carniceiro ARGEL, que bateu no peito e apontou para Román, como quem diz “deixa comigo”.

    O que Román fez com Argel dali em diante não se faz com um ser humano. Ele foi driblado por todos os lados e de todas as maneiras possíveis. Se não me engano o Boca ganhou nos pênaltis.

  • 25. Beto Borracho  |  25/06/2008 às 09:27

    o PVC da espn (palmeirense doente), sempre que relembra esse jogo comenta: ‘foi o maior baile individual que eu vi na minha vida’

  • 26. André K  |  25/06/2008 às 10:00

    foi nas semifinais. Nas quartas o palmeiras do Roth eliminou o Cruzeiro do Felipao.

    O argel não conseguiu nem bater no Riquelme

    no final do jogo, ainda no campo, o Serna liderou um protesto contra os salarios atrasados. acabaram campeões

  • 27. FERN  |  25/06/2008 às 10:57

    ANÔNIMO-15 O SANTOS TB TEM 8, 2 CBF’S, 5 TAÇAS BR, 1 R.G.P. NO FINAL DAS CONTAS AS DIFEREMÇAS ENTRE ELES É PEQUENA, INCLUSO AÍ A COMEMORAÇÃO QUE ESTES TITULOS MERECERAM DE SEUS TORCEDORES, MAS… NESTE CASO OS ARGENTOS SÃO MAIS COERENTES.

    E LA, É RIVER-34, BOCA-28, INDEPENDIENTE & RACING-16, SAN LORENZO-13 E SEGUE O BAILE, CLARO QUE CONTANDO OS AMADORES

  • 28. Luís Felipe  |  25/06/2008 às 11:04

    INCLUSO AÍ A COMEMORAÇÃO QUE ESTES TITULOS MERECERAM DE SEUS TORCEDORES,

    então os campeonatos gaúchos de 1961, 1977, 1997 e 2006 tem valor de nacional, é isso?

  • 29. Boçal  |  25/06/2008 às 12:11

    Não é melhor que o Macau, lateral-esquerdo do E.C. Vila Nova, que joga a terceira divisão do municipal de Canoas.

  • 30. FERN  |  25/06/2008 às 12:23

    pero que sí pero que no LF, não foi a base de meu argumento foi apenas para te irritar, e deu bem certo, nos que disputamos hasta hoy, só vejo diferença entre pontos corridos VS torneios curtos e confusos

  • 31. Prestes  |  25/06/2008 às 18:34

    Sim, FERN, por isso que o argumento do Gasparzinho não é válido. Mata-mata é uma coisa, ou seja, poderia se dizer que a Taça Brasil e a Copa do Brasil têm o mesmo valor, e Campeonato é outra, por isso o Robertão pode ser considerado como o Brasileiro. Ou podem ser considerados diferentes, mas jamais uma competição estritamente de mata-mata pode ser colocada no mesmo saco que um campeonato.

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